Moscovo acusa Kiev de sabotagem deliberada com destruição de barragem de Kakhovka na Ucrânia

"Toda a responsabilidade recai sobre o regime de Kiev", disse o porta-voz do Kremlin.

06 de junho de 2023 às 13:43
Explosão da barragem de Kakhovka Foto: Reuters
Partilhar

A Rússia acusou esta terça-feira a Ucrânia de um ato de "sabotagem deliberada" na sequência da destruição de uma barragem hidroelétrica na região de Kherson, no sul do país, parcialmente sob ocupação russa.

"Trata-se inequivocamente de um ato de sabotagem deliberada por parte dos ucranianos, que foi planeado e executado sob as ordens de Kiev", disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov.

Pub

O porta-voz rejeitou firmemente as acusações das autoridades ucranianas de que Moscovo era responsável pela destruição parcial da barragem, que provocou inundações na região de Kherson.

"Toda a responsabilidade recai sobre o regime de Kiev", insistiu, citado pela agência francesa AFP.

Pub

Segundo Peskov, um dos objetivos de tal ação era "privar a Crimeia" de água.

A Rússia ocupou e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014.

A barragem de Kakhovka, construída no rio Dniepre na década de 1950 e capturada no início da ofensiva russa na Ucrânia em 2022, é crucial para o abastecimento de água à Crimeia.

Pub

De acordo com Peskov, "este ato de sabotagem pode ter consequências muito graves para dezenas de milhares de habitantes da região de Kherson", bem como "consequências ecológicas".

A Ucrânia acusou a Rússia de ter dinamitado a barragem para tentar travar uma contraofensiva das forças ucranianas.

"O objetivo dos terroristas é óbvio: criar obstáculos às ações ofensivas das forças armadas ucranianas", afirmou o conselheiro presidencial Mikhailo Podoliak.

Pub

Em outubro, durante uma contraofensiva bem-sucedida de Kiev na região, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky já tinha acusado as forças de Moscovo de terem colocado minas na barragem.

"Agora, todos os países do mundo devem atuar com força e rapidez para evitar um novo ataque terrorista russo. A destruição da barragem significaria uma catástrofe em grande escala", afirmou Zelensky na altura.

O conflito armado na Ucrânia, iniciado com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pub

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar