Moscovo exige participar nas negociações sobre garantias de segurança para a Ucrânia
Exigência de participação nas discussões sobre as futuras garantias de segurança a Kiev parece ser mais uma manobra de Moscovo para colocar entraves ao processo de paz.
A Rússia exigiu esta quarta-feira participar nas conversações internacionais sobre as futuras garantias de segurança para a Ucrânia, levantando mais um possível obstáculo a um acordo de paz. “Discutir garantias de segurança sem a Rússia não leva a lado nenhum”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que denunciou as recentes movimentações diplomáticas dos aliados de Kiev como “uma escalada agressiva” e uma “tentativa desastrada de influenciar Trump”. O chefe da diplomacia russa defendeu ainda que a China deve ser um dos países responsáveis pelas garantias de segurança à Ucrânia, posição que dificilmente será aceite pelo Presidente Volodymyr Zelensky, dada a proximidade entre o líder chinês, Xi Jinping, e o Presidente russo, Vladimir Putin.
A exigência de participação nas discussões sobre as futuras garantias de segurança a Kiev parece ser mais uma manobra de Moscovo para colocar entraves ao processo de paz, depois de, na véspera, o Kremlin já ter refreado as expectativas sobre uma cimeira entre Putin e Zelensky nos tempos mais próximos, afirmando que uma reunião entre líderes deve ser preparada “com muito cuidado e de forma minuciosa”. Donald Trump tinha anunciado na segunda-feira que as negociações para um encontro entre os dois líderes estavam em marcha, mostrando-se otimista de que o mesmo poderia realizar-se nos próximos dias.
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