Putin encontrou-se com chefe do grupo Wagner cinco dias depois da rebelião
Informação foi avançada pelo porta-voz do Kremlin.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, esteve com o fundador do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, cinco dias depois da rebelião armada contra a liderança militar russa.
Segundo o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, a reunião durou "quase três horas", e Putin fez "uma avaliação" do motim de 24 de junho e ouviu os comandantes do grupo Wagner, que lhe garantiram que o apoiavam e que "continuariam a lutar" pela Rússia.
"A reunião decorreu no Kremlin e durou quase três horas", disse Peskov, acrescentando se contaram 35 participantes.
"A única coisa que podemos dizer é que o presidente fez a sua avaliação das ações dos mercenários Wagner na frente durante a Operação Militar Especial (na Ucrânia) e também fez a sua avaliação dos acontecimentos de 24 de junho (o dia do motim)", disse Peskov aos jornalistas.
"Os comandantes apresentaram a sua versão do que aconteceu (a 24 de junho). Sublinharam que são apoiantes e soldados convictos do chefe de Estado e do comandante supremo. Disseram também que estão prontos para continuar a lutar pela Pátria", explicou.
Segundo as declarações do porta-voz do Kremlin, o líder dos mercenários afirmou que a rebelião não tinha o objetivo de derrubar o governo, mas sim de levar os chefes do exército à justiça devido àquilo que considerou erros e ações pouco profissionais.
Recorde-se que dia 24 de junho, a Rússia ficou em alerta vermelho depois de o grupo mercenário Wagner ter declarado o início de uma rebelião contra o próprio país. Em causa, estariam alguns constrangimentos com o Ministério da Defesa que estaria a negligenciar a entrega de armas e de munições aos combatentes.
No próprio dia, Prigozhin admitiu que iria recuar com as tropas para evitar um banho de sangue.
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