Quem é Aris Messinis, o fotógrafo que captou a imagem ícone da invasão russa da Ucrânia
Grego captou a dor de um pai que acabara de perder um filho em Chuhuiv, no leste ucraniano.
É grego, chefia a fotografia da Agence France-Presse em Atenas e é da capital grega que tem partido para cobrir os principais conflitos do Mundo. Mas terá sido na Grécia natal que Aris Messinis fotografou para a AFP as imagens de dor e esperança que mais o notabilizaram.
Foi em Lesbos a captar os refugiados – entre os quais muitas crianças – que tentavam chegar à Europa que Messinis percebeu que havia sofrimento para além das muitas guerras que cobriu: "Só de saber que não estás numa zona de guerra torna o trabalho ainda mais emocional. E muito mais doloroso", diz o repórter fotográfico.
Talvez por isso, o fotógrafo pai de duas filhas menores por vezes encostou a câmara para salvar refugiados no Mediterrâneo. Habituado a zonas de conflito, foi Messinis quem captou as imagens de um pai a chorar o filho, a quem tinha aconselhado a fugir, que acabava de morrer em Chuhuiv, região arrasada pelos bombardeamentos russos. Filho de um fotojornalista, Aris Messinis nasceu em Salónica há 45 anos e cobriu guerras na Síria ou Líbia e conflitos como a Primavera Árabe.
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