Rússia acusada de novas atrocidades na Ucrânia
Forças russas bombardearam no sábado à noite uma escola artística que albergava mais de 400 pessoas na cidade ucraniana.
As forças russas bombardearam no sábado à noite uma escola artística que albergava mais de 400 pessoas na devastada cidade de Mariupol, num novo ataque contra civis que terá feito um número indeterminado de mortos e feridos. O Governo ucraniano denunciou ainda o massacre de pelo menos 56 idosos na região de Lugansk, num ataque que terá ocorrido há mais de uma semana.
Ao princípio da noite deste domingo, quase 24 horas após o ataque contra a escola de artes, as autoridades ainda não sabiam quantas pessoas tinham morrido, já que os intensos bombardeamentos impediam o envio de equipas de resgate. O edifício albergava mais de 400 civis, na sua maioria mulheres e crianças. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o ataque e disse que as atrocidades cometidas pelas forças russas “serão lembradas durante séculos”. Zelensky acusou ainda os russos de estarem a deportar à força centenas de habitantes de Mariupol para a Rússia, chamando-lhes “refugiados”.
Também este domingo, o Governo de Kiev acusou as tropas russas de abrirem fogo contra um lar de idosos na localidade de Kreminna, na região de Lugansk, matando pelo menos 56 pessoas. O ataque terá ocorrido no passado dia 11, mas só agora foi conhecido por se tratar de uma zona que está controlada pelas tropas russas. Pelo menos 15 pessoas terão sobrevivido, mas foram levadas à força para uma residência de idosos em Svatove, no território controlado pelos separatistas pró-russos. “Não conseguimos ainda chegar ao local desta tragédia para sepultar as vítimas”, lamentou a provedora dos Direitos Humanos, Ludmila Denisova.A Turquia disse este domingo que a Rússia e a Ucrânia estão mais perto de um acordo nalguns dos “pontos críticos” das negociações de paz, incluindo as questões da neutralidade e desmilitarização da Ucrânia.
Mísseis de cruzeiro e hipersónicos
A Rússia disse ter levado a cabo vários ataques com mísseis de cruzeiro ‘Kalibr’ a partir de navios no Mar Negro e no Mar Cáspio, bem como um novo ataque com mísseis hipersónicos a partir do espaço aéreo da Crimeia.
Impasse mantém-se na frente de batalha
O Governo ucraniano disse este domingo que as forças russas não realizaram quaisquer operações ofensivas terrestres durante o fim de semana e que as principais linhas da frente estão “praticamente congeladas”.
Avanços nas negociações
A Turquia disse este domingo que a Rússia e a Ucrânia estão mais perto de um acordo nalguns dos “pontos críticos” das negociações de paz, incluindo as questões da neutralidade e desmilitarização da Ucrânia.
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