Rússia afastou possibilidade de contacto com Zelensky na Turquia
Presidente ucraniano desloca-se esta quarta-feira à Turquia para tentar retomar conversações de paz.
Moscovo, 18 nov 2025 (Lusa) - A Presidência da Rússia afastou hoje a hipótese de enviar um representante de Moscovo a Ancara durante a visita do chefe de Estado ucraniano à Turquia na quarta-feira.
Questionado hoje pelos jornalistas, Dmitri Peskov, porta-voz da Presidência da Rússia disse que nenhum representante de Moscovo vai estar presente na Turquia na quarta-feira.
O porta-voz foi questionado a propósito da possibilidade de a Rússia querer, ou não, aproveitar a ocasião para "revitalizar" os esforços de paz para pôr fim ao conflito na Ucrânia.
Um alto responsável político ucraniano, citado pela Agência France Presse, disse que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai deslocar-se quarta-feira à Turquia para "retomar o envolvimento" com os Estados Unidos nos esforços de paz destinados a travar a invasão russa da Ucrânia.
Zelensky tem um encontro marcado na quarta-feira com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara.
Kremlin garante que caças franceses Rafale não vão alterar guerra
A presidência russa falou também sobre a entrega de aviões de combate franceses Rafale à Ucrânia, garantindo que não vão alterar o rumo da guerra e reivindicando avanços ao longo de toda a frente.
"Não importa que aviões vendam ao regime de Kiev, isso não vai mudar a situação na frente de batalha, não vai mudar a dinâmica que vemos, não só nós, mas também todos os especialistas militares do mundo", afirmou o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, na sua conferência de imprensa diária.
O Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, assinou na segunda-feira um acordo para a compra de até 100 Rafale à França, além de sistemas de defesa aérea e drones.
O acordo, na forma de uma carta de intenções assinada por Zelensky e pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, foi assinado na base aérea de Villacoublay, a 20 quilómetros de Paris, no início da nona visita do chefe de Estado ucraniano a França desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. A futura compra constitui, segundo o Kremlin, uma forma de a França "alimentar a guerra na Ucrânia".
"Paris não está, de forma alguma, a contribuir para a paz. Pelo contrário, está a alimentar sentimentos militaristas e pró-guerra", sublinhou Peskov.
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