Sete alegados combatentes pró-Ucrânia detidos em Moscovo

Grupo terá feito incursões armadas na Rússia.

22 de março de 2024 às 10:09
Polícia Russa Foto: Getty Images
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Os serviços de segurança russos (FSB) anunciaram esta sexta-feira a detenção de sete pessoas em Moscovo, acusadas de estarem ligadas a um grupo de combatentes pró-Ucrânia que alegadamente fez incursões armadas na Rússia.

Os suspeitos estavam supostamente em contacto com o Corpo de Voluntários Russos, designado por Moscovo como "organização terrorista", com o objetivo de "levar a cabo ações violentas contra representantes das forças da ordem, militares e estrangeiros", afirmou o FSB, citado pelas agências de notícias russas.

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Segundo o FSB, as autoridades russas impediram a criação de um "grupo criminoso" na capital da Rússia.

Os serviços de segurança referem que na operação foram apreendidas "uma catana, facas e 'meios de comunicação'" que permitiriam aos suspeitos contactar os dirigentes do Corpo de Voluntários Russos.

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Desde a semana passada, estes grupos reivindicaram a responsabilidade em incursões armadas nas regiões fronteiriças russas de Belgorod e Kursk, tendo o Exército de Moscovo afirmado ter repelido "vários ataques".

Na terça-feira passada, o Presidente russo Vladimir Putin ordenou ao FSB que castigasse estes combatentes russos pró-Kiev, qualificando-os de "escumalha" e "traidores".

Numa conferência de imprensa realizada em Kiev na quinta-feira, o Corpo de Voluntários Russos e outros dois grupos envolvidos nas ações declararam que a "luta iria continuar e que em breve seria alargada a outras cidades".

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As autoridades de Moscovo indicam com regularidade a detenção de cidadãos russos e estrangeiros que operam a favor da Ucrânia.

Esta sexta-feira, os serviços de segurança russos reclamaram ainda ter frustrado um ataque planeado pelos serviços especiais ucranianos na região de Zaporijia, sul da Ucrânia, região parcialmente controlada pela Rússia.

"Um atentado planeado em Berdiansk, na região de Zaporijia, pelos serviços especiais ucranianos com a ajuda de um cidadão russo que tinha sido recrutado por Kiev (...) foi frustrado", declarou o FSB em comunicado.

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Em Zaporijia está instalada a maior central nuclear da Europa, um complexo sob controlo das forças de Moscovo. 

De acordo com o mesmo documento, o cidadão russo, nascido em 1974, estava supostamente implicado no assassinato de um oficial do Exército russo numa explosão em outubro de 2023.

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