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Putin celebra vitória com banho de multidão

Presidente junta milhares de pessoas na Praça Vermelha para festejar aniversário da anexação da Crimeia e declara regiões ocupadas como parte da ‘Nova Rússia’.

19 de março de 2024 às 01:30

Um dia após ser reeleito para um novo mandato em eleições denunciadas pelo Ocidente como uma farsa, o Presidente russo, Vladimir Putin, juntou este domingo milhares de pessoas em Moscovo para celebrar a vitória e mostrar aos críticos que os russos estão ao seu lado.

O evento, que estava previamente agendado e visou celebrar o décimo aniversário da anexação da Crimeia, serviu como uma luva para tentar fazer passar a imagem de um país unido em volta de Putin. O discurso do reeleito Presidente foi incaracteristicamente curto, mas Putin, que se fez acompanhar pelos três candidatos derrotados nas eleições de domingo, não deixou de agradecer o apoio dos russos, antes de falar no “orgulho” pelo “regresso a casa” da Crimeia e declarar como parte da ‘Nova Rússia’ as regiões ucranianas ocupadas que, segundo Putin, “manifestaram o desejo de regressar à sua família”.

O Kremlin minimizou este domingo as críticas do Ocidente à ‘pseudoeleição’ de Putin, afirmando que os 87,2% de votos obtidos pelo Presidente no domingo “são as mais eloquente confirmação do apoio do povo ao Presidente, e da consolidação do país em seu redor”.

O porta-voz da Presidência russa criticou especificamente a posição dos EUA, que consideraram que as eleições russas “não foram nem livres nem justas”, afirmando que se tratam de declarações “expectáveis e previsíveis” vindas de um país “que está, de facto, em guerra com a Rússia”.

PORMENORES

China, Índia, Irão e Coreia do Norte felicitaram Putin pela vitória, num vivo contraste com a condenação unânime do Ocidente.

Eleições foram “farsa”

Uma ONG independente de monitorização eleitoral russa considerou que as eleições de domingo foram “as mais corruptas e fraudulentas” de sempre.

‘Zona-tampão’

Putin disse no seu discurso de vitória que a Rússia poderá ter de criar uma ‘zona-tampão’ na Ucrânia para impedir que o seu território seja atacado.

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