Trump deu 'luz verde' a Zelensky para atacar Moscovo

Presidente dos EUA quis saber se Kiev seria capaz de atacar a capital russa. "Se nos derem as armas", respondeu o líder ucraniano.

16 de julho de 2025 às 01:30
Trump e Zelensky durante a Cimeira da NATO, em junho Foto: EPA/Lusa
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Donald Trump terá dado 'luz verde' a Volodymyr Zelensky para atacar a capital russa, Moscovo, e prometeu fornecer à Ucrânia os mísseis necessários para isso, noticiou esta terça-feira o 'Financial Times'. O objetivo é fazer a Rússia "sentir dor" para forçar Putin a sentar-se à mesa das negociações.

"Vladimir, conseguem atingir Moscovo? E São Petersburgo também?", questionou o presidente dos EUA durante uma conversa telefónica com o líder ucraniano no passado dia 4 de julho, segundo indicam duas fontes citadas pelo jornal britânico. "Absolutamente. Se nos derem as armas para isso", respondeu Zelensky.

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Trump anunciou na segunda-feira que os EUA vão fornecer "todo o armamento que a Ucrânia precisa", numa inflexão profunda da estratégia seguida até aqui pela sua Administração depois de o presidente dos EUA ter manifestado publicamente o seu "descontentamento" com a recusa do presidente russo, Vladimir Putin, em negociar um acordo de paz. Trump ameaçou ainda impor tarifas de 100% à Rússia e aos países que a apoiam se Putin não acabar com a guerra em 50 dias.

Em entrevista à BBC, esta terça-feira, o presidente norte-americano reiterou o seu "desapontamento" com o líder russo, mas garantiu que "ainda não desistiu" de tentar negociar com ele. Questionado se ainda confia em Putin, Trump respondeu: "Não confio em quase ninguém".

SAIBA MAIS
Ameaça “séria”

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OKremlin disse que a ameaça de Trump de impor tarifas de 100% à Rússia se não acabar com a guerra em 50 dias “é muito séria e tem de ser analisada”, mas reiterou a disponibilidade de Moscovo para negociar.

Eslováquia bloqueia sanções da UE

A Eslováquia voltou a bloquear a aprovação do 18º pacote de sanções da União Europeia à Rússia. “Estou muito desapontada por não haver acordo. A bola está do lado da Eslováquia”, disse a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas.

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