Ficou privado de parte dos seus privilégios como ex-dirigente da Alemanha, incluindo a atribuição de escritório.
O ex-chanceler alemão Gerhard Schröder, próximo do Presidente russo e titular de vários cargos em grupos russos, foi privado de parte dos seus privilégios como ex-dirigente da Alemanha, incluindo a atribuição de escritório, avançou esta quinta-feira o parlamento.
"Os grupos parlamentares da coligação [do Governo] tiraram as consequências do comportamento do ex-chanceler e lobista Gerhard Schröder face à invasão russa da Ucrânia", refere a comissão parlamentar do Orçamento.
O antigo chanceler manterá, no entanto, a proteção policial e uma pensão de reforma como ex-chanceler.
A coligação do Governo na Alemanha - que reúne social-democratas, ecologistas e liberais - já tinha anunciado na quarta-feira que pretendia remover as vantagens atribuídas ao antigo chanceler do país Gerhard Schröder (1998-2005), que trabalha atualmente para empresas de energia controladas pelo Estado russo.
A coligação também justificou a decisão com o facto de "o ex-chanceler Schröder já não assumir nenhuma obrigação contínua relacionada com o seu cargo".
De forma mais geral, a comissão de Orçamento pediu ainda ao Governo que assegure que passe a atribuir "os subsídios por função com base nas obrigações que mantiverem os antigos chanceleres federais e não com base apenas no seu estatuto".
Schröder pode, portanto, não ser o único visado nesta redução dos privilégios, que poderá incluir também Angela Merkel, no poder entre 2005 e 2021.
No entanto, a medida foi pedida especificamente pela situação de Schröder, que se tornou uma figura incómoda na Alemanha, inclusive para o atual chanceler social-democrata, Olaf Scholz.
O ex-chanceler é presidente do conselho de supervisão da empresa estatal russa de energia Rosneft e esteve envolvido nos projetos de gasodutos Nord Stream e Nord Stream 2.
No início deste ano, a sua equipa demitiu-se e Schroeder enfrentou uma onda de indignação de ex-aliados políticos quando o jornal norte-americano The New York Times o citou dizendo que o massacre de civis na cidade ucraniana de Bucha "tinha de ser investigado", mas que ele não acreditava que as ordens tivessem partido do Presidente russo, Vladimir Putin, seu amigo de longa data.
O ex-chanceler já estava sob pressão desde a invasão russa da Ucrânia, dado que, ao contrário da maioria dos ex-líderes europeus com funções em empresas russas, Schröder não renunciou aos cargos e tem sido, desde então, destituído de honras por várias cidades e alvo de pedidos para a sua expulsão do partido.
Ainda assim, o antigo líder garantiu, em abril, que não tinha intenção de renunciar aos cargos a menos que Moscovo interrompesse as entregas de gás à Alemanha.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra na Ucrânia, que esta quinta-feira entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,1 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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