Proposta faz parte do plano de ação para a União dos Mercados de Capitais.
A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira regras simplificadas para maior segurança dos mercados financeiros da União Europeia (UE), defendendo uma melhor supervisão das centrais de valores mobiliários de países terceiros, após as sanções económicas à Rússia devido à guerra.
"A Comissão Europeia propôs hoje alterações do Regulamento das Centrais de Valores Mobiliários com o objetivo de reforçar a eficiência dos mercados de liquidação da UE, salvaguardando simultaneamente a estabilidade financeira", anuncia o executivo comunitário em comunicado.
Apesar de esta proposta fazer parte do plano de ação para a União dos Mercados de Capitais, apresentado por Bruxelas há dois anos, certo é que "as centrais de valores mobiliários desempenham um papel central nos mercados de capitais e no sistema financeiro" e isso ficou "recentemente salientado no contexto das sanções da UE contra a Rússia", contextualiza a instituição.
Em fevereiro deste ano, a UE chegou então a acordo para, entre outras medidas restritivas, proibir a detenção de contas de clientes russos pelas centrais de valores mobiliários da UE, "o que ilustra o papel crucial destas centrais no sistema financeiro da UE", insiste a Comissão Europeia.
Na proposta apresentada ao Parlamento Europeu e ao Conselho, para apreciação e adoção, o executivo comunitário defende, então, alterações ao Regulamento das Centrais de Valores Mobiliários, como uma "melhoria da supervisão das centrais de valores mobiliários de países terceiros", visando garantir "que as autoridades de supervisão dispõem de melhores informações" sobre tais atividades.
Ao mesmo tempo, Bruxelas pede um reforço da cooperação entre as autoridades de supervisão, nomeadamente exigindo a criação de colégios para certas centrais de valores mobiliários a fim de aumentar a convergência da supervisão, bem como melhorias no regime de passaporte, dos serviços bancários auxiliares e da disciplina da liquidação.
As centrais de valores mobiliários dizem respeito à infraestrutura que permite a liquidação de valores mobiliários (tais como ações ou obrigações) nos mercados financeiros, enquanto a liquidação consiste na entrega de valores mobiliários a um comprador em troca da entrega de numerário a um vendedor.
São necessários até dois dias úteis para liquidar uma transação, o que pode dar origem a riscos de crédito e jurídicos durante esse período, razão pela qual Bruxelas quer garantir que estas transações são liquidadas "de forma segura e eficiente".
Em 2019, as transações liquidadas pelas centrais de valores mobiliários da UE representaram cerca de 1.120 biliões de euros.
"O objetivo geral da proposta hoje apresentada é tornar a liquidação de valores mobiliários mais eficiente na UE, melhorando assim a atratividade dos mercados de capitais da UE e, em última análise, contribuindo para o financiamento da nossa economia", adianta a Comissão Europeia.
O Regulamento Centrais de Valores Mobiliários foi adotado em 2014, na sequência da crise financeira, para melhorar a segurança e a eficiência da liquidação, bem como de estabelecer requisitos comuns para as centrais de valores mobiliários em toda a UE.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.