Oleg Nikolenko garante que o pacote é semelhante aos recebidos por embaixadas e consulados em vários países europeus.
A embaixada da Ucrânia em Madrid recebeu esta sexta-feira um pacote com alegados vestígios de sangue, semelhante aos recebidos por várias entidades nas últimas horas, tendo um grande destacamento da polícia ocupado, de imediato, as imediações da delegação diplomática.
Segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Oleg Nikolenko, o pacote é semelhante aos recebidos por embaixadas e consulados em vários países europeus, mas ainda não é possível tirar conclusões, já que "estão em curso investigações".
Os pacotes, aparentemente manchados de sangue e contendo olhos de animais, foram enviados para as embaixadas ucranianas na Hungria, Países Baixos, Polónia, Croácia e Itália, embora também tenham sido registadas remessas suspeitas nos consulados do país na Polónia, República Checa e Itália.
"As próprias embalagens estavam encharcadas com um líquido odorífero distinto e tinham um certo fedor. Estamos a estudar o significado destas mensagens", disse o porta-voz, citado pela agência espanhola Europa Press.
Nikolenko disse também que várias pessoas invadiram a residência do embaixador ucraniano no Vaticano e a embaixada ucraniana no Cazaquistão como parte de uma série de ataques às missões diplomáticas do país.
A embaixada ucraniana em Madrid já tinha sido palco de outro alerta, na quarta-feira, quando recebeu uma carta armadilhada, que provocou ferimentos ligeiros num trabalhador.
O Ministério do Interior espanhol confirmou a receção, por diferentes entidades, de seis pacotes com um mecanismo que provoca uma "deflagração por chama repentina" quando aberto, a primeira das quais foi enviada, em 24 de novembro, para o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.
"Temos razões para acreditar que foi lançada uma campanha bem planeada de terror e intimidação contra as embaixadas e consulados ucranianos", disse esta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba.
"Incapazes de deter a Ucrânia na frente diplomática, estão a tentar intimidar-nos. No entanto, posso dizer que isto não vai funcionar. Continuaremos a trabalhar eficazmente para alcançar a vitória na Ucrânia", acrescentou.
A Ucrânia está a cooperar com as autoridades dos países em causa para investigar todos os casos e analisar as ameaças recebidas.
As missões diplomáticas ucranianas no estrangeiro foram colocadas sob o mais alto nível de alerta e segurança, por ordem de Kuleba.
Contactada pela agência Lusa, a embaixada da Ucrânia em Lisboa escusou-se a fazer comentários sobre os acontecimentos.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, disse à Lusa que deu indicações às embaixadas portuguesas para reforçarem os cuidados na receção de correio e garantiu que as missões portuguesas no exterior "estão atentas, em função do que aconteceu em Espanha nos últimos dias".
O ministro admitiu que foi enviada uma circular para as representações e embaixadas portuguesas, com recomendações, mas preferiu não dar mais pormenores sobre os procedimentos, invocando razões de segurança.
As autoridades portuguesas reforçaram a proteção da embaixada da Ucrânia em Lisboa e admitem reapreciar o nível de ameaça em Portugal, após cartas armadilhadas terem sido recebidas por entidades em Espanha, anunciou esta sexta-feira o Sistema de Segurança Interna (SSI).
Em resposta a um pedido de esclarecimento da Lusa, na sequência da notícia da receção de pelo menos seis cartas armadilhadas em Espanha, o SSI confirmou que a Unidade de Coordenação Antiterrorismo (UCAT), que funciona no quadro do Sistema de Segurança Interna, "está a acompanhar atentamente a situação" e que se encontra em "estreita articulação com os seus parceiros espanhóis, europeus e internacionais".
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