Responsáveis da Administração Trump querem aniquilar UE, apoiando partidos extremistas.
O chanceler alemão Friedrich Merz considera que “o destino da Ucrânia é o destino da Europa”, pelo que o apoio do Velho Continente ao esforço de guerra e às negociações de paz com a Rússia “não vacilará”.
A declaração do líder germânico foi feita no final da reunião de duas horas, à porta fechada, que juntou Merz com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anfitrião do encontro em Londres, no Reino Unido.
A manifestação de boa vontade, que mais uma vez ficou-se pelas palavras, sem a revelação de medidas concretas, contrasta com o pragmatismo de Zelensky. Para o Presidente ucraniano, “existem visões dos EUA, da Rússia e da Ucrânia” e, acrescentou numa entrevista à agência Bloomberg, “não temos uma visão unificada sobre Donbass”, garantindo, por outro lado, que pretende chegar a acordos separados sobre garantias de segurança com os parceiros ocidentais, especificamente com Washington. Talvez por isto, Starmer tenha deixado escapar nas conversas desta segunda-feira, em Downing Street, que as negociações estão na “fase crítica da busca pela paz”.
O aparente impasse negocial e a insistência de Zelensky em não aceitar pontos do acordo considerados ‘linhas vermelhas’ para os ucranianos acontece numa altura em que altos responsáveis da Administração Trump defendem publicamente uma interferência dos EUA com vista à aniquilação da UE através do apoio aos partidos extremistas antieuropeístas.
A nova estratégia de segurança nacional do Governo de Donald Trump, revelada no final da semana passada, refere explicitamente o apoio a grupos políticos de extrema-direita, eurocéticos, que classifica de “forças patrióticas”. A iniciativa dos EUA foi recebida com regozijo em Moscovo. “Existe preocupação com uma mudança na estratégia nacional dos Estados Unidos sob futuras administrações, mas a abordagem atual é atraente para a Rússia”, disse esta segunda-feira Peskov, porta-voz do Presidente russo, Vladimir Putin.
A convergência, de novo, entre Putin e Trump está a preocupar os ucranianos e, sobretudo, a Europa. “Não podemos aceitar essa ameaça de interferência na vida política da Europa”, reagiu esta segunda-feira, em Paris, o presidente do Conselho Europeu. Para António Costa, “os EUA não podem substituir os cidadãos europeus na escolha de quais partidos são bons e quais são maus”.
Vários mortos em ataques desde domingo
A intensificação dos ataques russos contra várias localidades da Ucrânia, desde domingo até à madrugada desta segunda-feira, causou várias mortes e dezenas de feridos em todo o país. Na região de Kharkiv, ataques coordenados contra aldeias localizadas nas proximidades da fronteira com a Rússia, causaram cinco mortos e a destruição de várias habitações. Em Dnipro, a chuva de drones na madrugada de segunda-feira atingiu uma zona residencial e matou uma pessoa. A massacrada cidade de Chernihiv voltou a ser alvo da artilharia russa. Os bombardeamentos registados durante a madrugada feriram pelo menos três pessoas e desalojaram algumas famílias. Sumy também voltou a estar debaixo de fogo. Um edifício residencial foi atingido por drones e parte da estrutura ruiu. Várias pessoas ficaram presas nos escombros e foram resgatadas pelas equipas da Proteção Civil da Ucrânia.
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