"Exército [russo] está a retirar-se das áreas de Zaporijia e Kherson [sul], as forças armadas ucranianas estão a avançar", declarou Yevgeny Prigozhin.
O exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, afirmou esta sexta-feira o líder do grupo paramilitar Wagner, contradizendo as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kiev era um fracasso.
"O exército [russo] está a retirar-se das áreas de Zaporijia e Kherson [sul], as forças armadas ucranianas estão a avançar", declarou Yevgeny Prigozhin num vídeo publicado na rede social Telegram citado pela agência francesa AFP.
Prigozhin disse que o mesmo está a acontecer em Bakhmut, onde as forças ucranianas estão a penetrar nas defesas russas.
Bakhmut, no leste da Ucrânia, foi palco da mais longa e sangrenta batalha desde a invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.
As forças russas afirmam ter capturado a cidade, onde lutaram os mercenários do Grupo Wagner, mas os ucranianos dizem ter avançado pelos flancos nas últimas semanas.
"Não há controlo, não há sucessos militares" por parte de Moscovo, declarou Prigozhin, afirmando que os militares russos estavam a "lavar-se no seu próprio sangue", uma forma de dizer que estavam a sofrer pesadas perdas.
Os comentários de Prigozhin, que não podem ser verificados de forma independente, contradizem o Presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, que afirmaram que o exército estava a repelir todos os ataques ucranianos.
Nos últimos dias, Putin tem repetido que a contraofensiva ucraniana estava a ser um fracasso e que as forças de Kiev sofreram perdas quase catastróficas.
Na quinta-feira, Shoigu disse que o exército ucraniano estava a reagrupar-se, depois de não ter conseguido romper as defesas russas.
Prigozhin descreveu as declarações vitoriosas do Ministério da Defesa em Moscovo como um "profundo engano" e acusou o Estado-Maior de esconder as dificuldades e as perdas russas no terreno.
Numa prova de que está a levar a sério a contraofensiva ucraniana, Putin pronunciou-se várias vezes em poucos dias sobre a situação no campo de batalha, após algum tempo sem comentar em pormenor a situação no terreno.
Enquanto muitos opositores russos e pessoas anónimas estão na prisão por criticarem o conflito na Ucrânia, o líder do Grupo Wagner questionou hoje abertamente as razões pelas quais a intervenção militar foi lançada.
"A guerra foi necessária para que um grupo de bastardos fosse promovido", afirmou.
Prigozhin acusou também os oligarcas russos de terem empurrado o país para a guerra porque precisavam dela, enquanto Kiev, segundo disse, estava "pronta para qualquer acordo".
A Rússia invadiu a Ucrânia para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, que fez parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), liderada por Moscovo e que colapsou em 1991.
A Ucrânia tem contado com armamento fornecido pelos seus aliados ocidentais para combater as forças russas.
O Ocidente também impôs sanções económicas à Rússia para lhe diminuir a capacidade de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm afirmado que será elevado.
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