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"Inimigo vai sentir a resposta": Gabinete de Zelensky reage a ataque da Rússia em Kiev

Capital da Ucrânia voltou a estar debaixo de fogo. Moscovo usou drones e mísseis.

03 de setembro de 2024 às 01:30

“Haverá uma resposta para tudo. O inimigo vai senti-lo”, garantiu o chefe do gabinete do Presidente Zelensky, Andrii Yermak, depois do ataque levado a cabo na madrugada de segunda-feira contra a capital da Ucrânia, obrigando a população a procurar refúgio em abrigos.

Não se sabe quantos drones, mísseis de cruzeiro e balísticos atingiram Kiev e os subúrbios, apenas que alguns foram intercetados pela defesa aérea ucraniana, mas não todos. Há registo de danos em edifícios residenciais e outras estruturas em Kiev e zonas limítrofes, que não terão, ainda assim, causado vítimas mortais.

Na mira das tropas de Moscovo esteve, também, a cidade de Kharkiv e arredores, nomeadamente a zona industrial da segunda maior do país. Há relatos de explosões. Terá sido atingido um complexo desportivo e centro comercial. Pelos menos 50 pessoas ficaram feridas, quatro delas em estado crítico, dois adultos e duas crianças. Na cidade de Summy, foi atingido um centro de reabilitação infantil e um orfanato, havendo a registar 13 feridos.

Estes ataques surgem numa altura em que Zelensky procura garantir junto dos aliados a utilização de armas de grande alcance em território russo.

Putin chama "bandidos" aos militares ucranianos

Vladimir Putin desvaloriza a incursão das tropas ucranianas em território russo, nomeadamente na região de Kursk, garantindo que não está a impedir Moscovo de concretizar avanços significativos em Donetsk, mas garante que Kiev não ficará sem resposta. Apelidando de “bandidos” os soldados ucranianos, o líder russo diz que as tropas de Moscovo estão a recuperar território e promete que a situação vai ficar resolvida. “Temos de tratar desses bandidos que entraram no território da Rússia, na região de Kursk, e que estão a tentar desestabilizar a situação nos territórios fronteiriços como um todo”, ameaçou Putin.

As notícias que chegam do terreno revela, contudo, outra realidade. Em Belgorod, região vizinha de Kursk, a Força Aérea tem estado particularmente ativa, bombardeando alvos estratégicos, mas que têm atingido também estruturas civis, como casas e apartamentos. O objetivo da incursão ucraniana é, segundo Zelensky, que sirva como moeda de troca em futuras negociações de paz.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, diz que a Ucrânia tem o direito de se defender e que esse direito “não pára na fronteira”.

A NATO alerta para possíveis repercussões se os países-membros começarem a abater mísseis russos na fronteira com a Ucrânia.

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