Forças Armadas russas têm atualmente "cerca de 300 unidades" de drones de combate fornecidos pelo Irão.
A Ucrânia exigiu esta segunda-feira a exclusão da Rússia do G20, a um mês da cimeira prevista para a Indonésia, após os incessantes ataques com 'drones kamikazes' (aparelhos voadores não tripulados) feitos sobre Kiev ao longo da manhã.
"Aqueles que dão ordens para atacar infraestruturas críticas [...] e que organizam uma mobilização geral para cobrir a linha de frente com cadáveres, não podem sentar-se à mesma mesa que os líderes do G20. A Rússia deve ser excluída", exortou na rede social Twitter o conselheiro da presidência ucraniana, Mykhaïlo Podoliak.
Numa publicação na rede social Twitter, o chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andrey Yermak, indicou que as explosões sentidas esta segunda-feira de manhã no distrito de Shevchenkiv, no centro da capital ucraniana, Kiev, deveram-se a "ataques de 'drones' 'kamikaze'".
"Os russos acham que [o ataque] vai ajudá-los, mas mostra o seu desespero", disse, acrescentando que foram usados 'drones' de fabrico iraniano.
Também na rede Telegram, o autarca de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou que as explosões se deveram a ataques de drones, que provocaram um incêndio num edifício não residencial e danos em vários prédios de apartamentos.
Os bombeiros e os serviços médicos e de emergência já estão no local e a autarquia da capital está a tentar recolher informações sobre possíveis vítimas, acrescentou, havendo indicações de um morto e três feridos num ataque que afetou um edifício residencial.
Após os primeiros ataques, um jornalista da agência France-Presse viu um 'drone' a cair sobre um prédio, enquanto dois agentes policiais o tentavam abater com as suas armas de serviço.
Na sexta-feira, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse que as Forças Armadas russas têm atualmente "cerca de 300 unidades" de drones de combate fornecidos pelo Irão.
Segundo Reznikov, as autoridades russas estariam agora em negociações com Teerão para comprar mais alguns milhares desses aparelhos aéreos não tripulados, segundo a agência de notícias UNIAN.
"Se vai acontecer ou não, veremos. Mas devemos estar preparados para isso, para não ficarmos parados. Estamos a desenvolver sistemas para os repelir. O nosso Exército está a derrubá-los, já aprendemos como fazê-lo", disse o ministro da Defesa ucraniano.
As autoridades ucranianas acusam desde agosto o Irão de fornecer os chamados "drones 'kamikaze'", que chocam com os alvos, ao Exército russo, embora Teerão tenha negado estar envolvido nessa transação, assim como Moscovo.
No final de setembro, a Ucrânia retirou as credenciais do embaixador iraniano em Kiev e anunciou uma redução significativa da presença diplomática iraniana.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição a Moscovo de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito
JSD (VQ/CSR) // APN
Lusa/Fim
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