page view

Primeiro-ministro belga abordou com Zelensky e Scholz caminho para desbloquear ajuda a Kiev

Chefes de Estado e de governo da UE conseguiram dar 'luz verde', na cimeira de dezembro, ao início das negociações sobre a adesão da Ucrânia.

09 de janeiro de 2024 às 23:25

O primeiro-ministro belga manteve esta terça-feira conversas separadas com o Presidente ucraniano e o chanceler alemão, antes da cimeira extraordinária da União Europeia (UE), para tentar desbloquear a ajuda de 50 mil milhões de euros, vetada pela Hungria.

"A UE continuará a expandir o seu apoio à Ucrânia", garantiu Alexander De Croo, através da rede social X, depois de ter abordado com o chefe de Estado ucraniano Volodymyr Zelensky "o caminho a seguir" no apoio a Kiev.

De Croo, cujo país preside este semestre ao Conselho da União Europeia, afirmou que Bruxelas e Kiev continuarão a aproximar as suas economias e povos "à medida que a Ucrânia avança no seu caminho para a adesão" à UE.

Os chefes de Estado e de governo da UE conseguiram dar 'luz verde', na cimeira de dezembro, ao início das negociações sobre a adesão da Ucrânia, graças ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que concordou em abandonar a sala no momento da votação.

"Estamos ao seu lado, agora e no futuro", sublinhou o primeiro-ministro belga a Zelensky.

O governante belga telefonou depois a Olaf Scholz, para preparar com o chanceler alemão a próxima reunião extraordinária dos chefes de Estado e de governo da UE, depois de em dezembro não ter sido alcançado um acordo sobre a revisão do orçamento comunitário plurianual até 2027, que inclui os 50 mil milhões de euros para a Ucrânia e que foram bloqueados pela Hungria.

De Croo e Scholz concordaram em manter o seu "apoio inabalável" à Ucrânia e trocaram informações sobre o trabalho que a presidência belga tem pela frente antes das eleições europeias de 6 a 9 de junho.

Os dois líderes europeus concordaram que a prioridade é impulsionar o mercado único da UE e a competitividade industrial, segundo um comunicado do gabinete de De Croo.

A vice-primeira-ministra para a Integração Europeia e Euro-Atlântica da Ucrânia, Olha Stefanishyna, alertou hoje que a sobrevivência do seu país, que combate a invasão russa desde fevereiro de 2022, depende da UE conseguir dar luz verde a este apoio de 50 mil milhões de euros.

Numa aparição na sexta-feira passada ao lado de De Croo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou ao progresso em todas as vias para "estabilizar urgentemente" a ajuda financeira à Ucrânia, seja convencendo Budapeste ou através de um 'plano B' que Bruxelas está a finalizar, para superar o veto húngaro.

A UE forneceu um total de 85 mil milhões de euros em ajuda a Kiev desde o início da invasão russa, incluindo assistência financeira, de emergência, humanitária e militar.

A ofensiva militar russa no território ucraniano causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 22 meses um elevado número de vítimas, não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8