EUA emitem comunicados separados com contrapartidas diferentes para Moscovo e Kiev.
Rússia e Ucrânia aceitam cessar-fogo no mar Negro
Os Estados Unidos anunciaram esta terça-feira acordos separados com a Rússia e a Ucrânia para um cessar-fogo imediato no mar Negro e para suspender os ataques contra infraestruturas energéticas, mas as condições de implementação não são claras e poderão estar dependentes de negociações adicionais.
Após negociações separadas com as delegações russa e ucraniana na Arábia Saudita, no domingo e na segunda-feira, a Administração Trump emitiu esta terça-feira dois comunicados distintos com os respetivos resultados. A maior parte dos pontos são comuns, como o acordo para “garantir a segurança da navegação, eliminar o uso da força e evitar o uso de navios comerciais para fins militares no mar Negro” e para “desenvolver medidas com vista à implementação da proibição dos ataques contra infraestruturas energéticas na Rússia e na Ucrânia”, mas diferem no que diz respeito às contrapartidas oferecidas a cada país.
No caso da Ucrânia, o comunicado refere que os EUA se comprometem a “facilitar a libertação de prisioneiros de guerra e de civis detidos, bem como o regresso de crianças transferidas à força para a Rússia”. Já o acordo com a Rússia sublinha que os EUA se comprometem a ajudar o “levantamento das sanções contra a exportação de produtos agrícolas e fertilizantes russos”, uma medida já prevista no Acordo de Cereais de 2022, mas que a Rússia diz que nunca chegou a ser implementada.
O Kremlin indicou esta terça-feira que o cessar-fogo no mar Negro só será implementado quando as sanções forem levantadas e o banco agrícola russo for recomeçado ao sistema internacional SWIFT de pagamentos bancários.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que a Ucrânia não foi consultada sobre o levantamento das sanções aos produtos agrícolas russos, com o qual discorda, mas adiantou que não se vai opor. “Não acreditamos nos russos, mas vamos ser construtivos”, afirmou Zelensky, adiantando que, para a Ucrânia, ambos os acordos de cessar-fogo - nos ataques contra infraestruturas e no mar Negro - entraram em vigor após a publicação dos comunicados dos EUA. Já a Rússia alega que o acordo das infraestruturas entrou em vigor no dia 18 - data em que foi aceite por Putin - e o do mar Negro só se torna efetivo quando as sanções forem levantadas.
Zelensky alarmado com discussões sobre território
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mostrou-se esta terça-feira preocupado com a possibilidade de os EUA e a Rússia estarem a discutir a divisão do território da Ucrânia sem consultarem Kiev. “Ficamos preocupados quando falam sobre nós nas nossas costas”, admitiu Zelensky, numa referência aos recentes comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, que disse estar a discutir questões territoriais com Moscovo.
“Estamos a falar de territórios e linhas de demarcação”, disse Trump na segunda-feira, enquanto decorriam em Riade as negociações entre os EUA e a Rússia. Zelensky garantiu esta terça-feira que as questões territoriais “nunca foram abordadas” nas reuniões que os enviados ucranianos mantiveram até ao momento com os seus congéneres norte-americanos, o que reforça a preocupação de que a partilha da Ucrânia está a ser discutida nas costas dos ucranianos.
E TAMBÉM
Participação da ONU
Grigory Karasin, membro da delegação russa que participou nas negociações de Riade, admitiu esta terça-feira o envolvimento “da ONU e de outros países” nas próximas discussões. Sobre as negociações de segunda-feira, que duraram mais de 10 horas, disse que foram “intensas e desafiantes, mas muito úteis”.
Rússia irredutível
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo reiterou esta terça-feira que a central nuclear de Zaporizhzhia, capturada pelas forças de Moscovo nos primeiros meses da guerra,“pertence à Rússia” e a sua transferência para controlo ucraniano ou controlo conjunto “é impossível”.
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