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Zelensky espera desbloqueio europeu dos ativos russos até ao fim do ano

"A decisão sobre os ativos russos congelados é crucial para nós", defendeu o presidente ucraniano.

24 de outubro de 2025 às 19:59

O Presidente ucraniano reconheceu esta sexta-feira que o desbloqueio dos ativos congelados russos pela UE "é crucial" para a Ucrânia e mostrou-se confiante numa decisão política até ao final do ano.

"A decisão sobre os ativos russos congelados é crucial para nós", afirmou Volodymyr Zelenski, numa conferência de imprensa depois do final de uma reunião com líderes de países aliados, em Londres e por videoconferência.

Zelensky disse que o processo vai implicar três passos: decisão política, decisão prática e a implementação.

"Ontem [quinta-feira] a decisão política foi um sinal positivo", disse, aludindo às negociações decorridas em Bruxelas.

O líder ucraniano acrescentou esperar ter uma "decisão prática até ao final do ano" e depois disso a aplicação: "esperamos no início do próximo ano".

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, confirmou esperar que uma decisão da UE até ao natal para garantir um financiamento à Ucrânia nos próximos anos sem prejudicar os contribuintes europeus.

"Alguns colegas acham esta solução mais difícil do que eu, mas temos de resolver os problemas", admitiu, alertando que "a alternativa não pode ser deixar a Rússia ganhar a guerra".

A Comissão Europeia propôs a mobilização de ativos russos congelados pelos europeus desde o início da invasão da Ucrânia para continuar a financiar Kiev como um "empréstimo de reparação", que pode ascender a 140 mil milhões de euros.

Mas a discussões no Conselho Europeu de quinta-feira terminaram num impasse devido às garantias exigidas pela Bélgica, o Estado-membro onde estão a maior parte dos bens russos congelados, e que não quer suportar todos os riscos legais e financeiros associados.

No mesmo dia, a UE aprovou o 19.º pacote de sanções contra a Rússia, que inclui a suspensão total das importações de gás natural liquefeito (GNL) russo até ao final de 2026, um ano antes do previsto.

Frederiksen reconheceu que "chega tarde", numa resposta a um jornalista, enquanto que Zelensky disse ser "melhor agora agora do que nunca".

"É importante que os nossos parceiros se foquem no que é mais prático e eficaz", disse o chefe de Estado ucraniano, acrescentando ser "importante que todos concordem".

"A frente de combate precisa de atenção substancial", reiterando a necessidade de mísseis de longo alcance para chegar ao território russo porque "quanto mais perdas Putin tiver no seu território, menos ataques consegue fazer na frente de combate e mais depressa terá de aceitar a diplomacia".

No entanto, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, explicou caber a cada país a decisão de fornecer mísseis cruzeiro Tomahawk.

"Os EUA já estão a providenciar vários tipo de armas à Ucrânia", lembrou, incluindo equipamento que só Washington pode fornecer e que protege população e infraestruturas civil.

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