Pedido surge para cobrir o défice orçamental da Ucrânia de 38.500 milhões de euros.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu, esta terça-feira, um compromisso internacional para cobrir o défice orçamental da Ucrânia de 38.000 milhões de dólares (mais de 38.500 milhões de euros), resultante da invasão russa.
"Para a Ucrânia, é uma quantia considerável de dinheiro", disse Zelensky ao discursar por vídeo numa conferência internacional sobre a reconstrução da Ucrânia, a decorrer em Berlim.
A ajuda orçamental destina-se a pagar salários, pensões e custos normais de funcionamento das estruturas estatais ucranianas.
Zelensky apelou para a criação de uma "plataforma de coordenação financeira" para a reconstrução da Ucrânia.
Reafirmou também o apelo para que os bens russos congelados no âmbito das sanções aplicadas a Moscovo sejam utilizados para apoiar o esforço de reconstrução da Ucrânia.
Zelensky referiu-se aos ataques mais recentes às infraestruturas básicas da Ucrânia, que aumentaram as dificuldades no fornecimento de energia e água.
A estratégia de Moscovo visa "tornar mais difícil para nós ultrapassar este inverno", disse, citado pela agência espanhola EFE.
Zelensky acusou também a Rússia de estar a destruir o "potencial económico" da Ucrânia com a guerra que iniciou em 24 de fevereiro deste ano.
Na abertura da conferência, o chanceler alemão, Olof Schulz, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, concordaram sobre a importância de criar mecanismos integrados de reconstrução no caminho da Ucrânia para a União Europeia (UE).
Scholz defendeu que a reconstrução deve começar imediatamente e pediu a "criação de um novo Plano Marshall para o século XXI", aludindo ao plano norte-americano de reconstrução dos aliados europeus após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Scholz disse que não se trata de reconstruir o país como era antes da invasão russa, mas do que pode ser, falando de uma Ucrânia membro da UE "mais desenvolvida, sustentável e resiliente".
"Neste ponto de viragem na história da Ucrânia, é de grande importância que a Ucrânia assuma a responsabilidade e atue ativamente para a sua transformação", acrescentou.
Ursula von der Leyen, disse ser necessário assegurar que a Ucrânia "obtenha o apoio de que necessita até ao fim", desde a recuperação até à reabilitação e reconstrução a longo prazo.
"Precisamos de integrar os esforços de reconstrução no caminho da Ucrânia para a UE", disse Von der Leyen, aludindo à atribuição do estatuto de candidato a Kiev.
"Cada euro, cada dólar, cada libra e cada iene gasto é um investimento na Ucrânia, mas também um investimento em valores democráticos em todo o mundo", disse também.
A conferência foi organizada conjuntamente pela Comissão Europeia e pelo G7, o grupo dos sete países mais industrializados formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, que conta também com a representação da UE.
A Ucrânia está representada na conferência de Berlim pelo primeiro-ministro, Denys Schmyhal, e pelo ministro das Finanças, Serheii Marchenko.
A lista de participantes inclui o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e a diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva.
A conferência de um dia tem um formato híbrido, com um discurso por vídeo do Presidente indonésio, Joko Widodo, cujo país detém a presidência rotativa do G20, o grupo de potências industriais e países emergentes, que inclui a Rússia.
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