A edição de hoje
Paris recebe a 33.ª edição dos Jogos Olímpicos da era moderna.
Paris recebe a 33.ª edição dos Jogos Olímpicos da era moderna.
Palco de sonho para milhões de atletas a nível global, os Jogos Olímpicos são também o espaço onde foram criadas algumas das maiores lendas da história do desporto. E se vencer uma medalha, seja ela de ouro, prata ou bronze, é algo para recordar, o que dizer daquilo que fizeram estas dez lendas que destacamos? Dos heróis do passado, aos mais recentes Michael Phelps ou Usain Bolt, passando pela 'menina' Simone Biles, conheça alguns dos nomes que fizeram história neste que é o maior evento desportivo à escala global.
MICHAEL PHELPS
Data de nascimento: 30/06/1985, 39 anos
Naturalidade: Baltimore, Estados Unidos da América
Modalidade: Natação
Registo olímpico:
4 Jogos Olímpicos (2004, 2008, 2012 e 2016)
28 medalhas (23 ouros, 3 prata e 2 bronze)
Tentou o futebol, mas foi na natação que se tornou o atleta mais medalhado da história dos Jogos Olímpicos, com um total de 28 medalhas - 23 de ouro (!). Em Pequim (2008), Michael Phelps arrecadou um total de oito medalhas de ouro olímpicas – um dos 37 recordes mundiais que o ex-nadador norte-americano logrou ao longo da sua brilhante carreira. Anunciou o fim da sua carreira após participação nos JO de 2012, em Londres, mas regressou em 2014. Dois anos mais tarde, era mesmo a última vez que o desporto via o atleta mais medalhado de sempre em ação.
LARISA LATYNINA
Data de nascimento: 27/12/1934, 89 anos
Naturalidade: Kherson, União Soviética
Modalidade: Ginástica artística
Registo olímpico:
3 Jogos Olímpicos (1956, 1960 e 1964)
18 medalhas (9 ouros, 5 prata e 4 bronze)
Em apenas oito anos, de 1956 a 1964, Larisa Latynina conquistou 18 medalhas olímpicas – 14 individuais e as restantes quatro por equipa. Este registo valeu-lhe o recorde de atleta mais medalhas da história dos Jogos Olímpicos por 48 anos… até que apareceu um tal de Michael Phelps. Contudo, Larisa detém ainda o recorde de mais medalhas de ouro olímpicas conquistadas por um ginasta, seja do sexo masculino ou feminino, com um total de nove, bem como o facto de ser a atleta feminina mais medalhada da história dos Jogos Olímpicos.
SIMONE BILES
Data de nascimento: 14/03/1997, 27 anos
Naturalidade: Columbus (Ohio), Estados Unidos da América
Modalidade: Ginástica artística
Registo olímpico:
2 Jogos Olímpicos (2016 e 2020)
7 medalhas (4 ouros, 1 prata e 2 bronzes)
É, aos 27 anos, a ginasta mais condecorada na história dos Estados Unidos da América, com um total de 37 medalhas conquistadas entre Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos. Depois da chegada meteórica ao cenário olímpico em 2016, com as cinco medalhas do Rio de Janeiro, em Tóquio esteve algo mais discreta, numa edição na qual foi figura à escala global por ter assumido os problemas de saúde mental que enfrentava. Um gesto de bravura que acabaria por ser saudado por todos e que, de certa forma, serviu também de mote para que mais atletas assumissem também essa difícil condição. Do ponto de vista competitivo, apesar desse 'breakdown', Biles conseguiria ainda assim duas medalhas, uma prata e um bronze. Em Paris, aparentemente em pleno, com aquele sorriso e alegria contagiantes, é uma das grandes favoritas.
USAIN BOLT
Data de nascimento: 21/08/1986, 37 anos
Naturalidade: Sherwood Content, Jamaica
Modalidade: Atletismo
Registo olímpico:
4 Jogos Olímpicos (2004, 2008, 2012 e 2016)
8 medalhas (8 ouros)
Afastado das pistas desde o Campeonato Mundial de 2017, Usain Bolt continua a ser o homem mais rápido à face da Terra. Em quatro participações nos Jogos Olímpicos – em Atenas (2004), Pequim (2008), Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016) -, o ‘sprinter’ jamaicano arrecadou um total de oito medalhas olímpicas, todas elas de ouro, nos 100 metros, 200 metros e nos 4x100 metros. Eterno apaixonado pelo futebol, onde nunca escondeu o seu afeto pelo Real Madrid e Manchester United, o já retirado atleta olímpico tentou o sucesso também nos relvados, mas acabou por ser um verdadeiro tiro no escuro.
MARK SPITZ
Data de nascimento: 10/02/1950, 74 anos
Naturalidade: Modesto (Califórnia), Estados Unidos da América
Modalidade: Natação
Registo olímpico:
2 Jogos Olímpicos (1968 e 1972)
11 medalhas (9 ouros, 1 prata e 1 bronze)
"O tubarão da piscina". Foi assim que Mark Spitz passou a ser conhecido depois de em 1972, nos Jogos Olímpicos de Verão, em Munique, ter arrecadado sete medalhas de ouro, todas com recordes mundiais. Apenas o compatriota Michael Phelps conseguiu bater esta marca, ao conquistar oito medalhas de ouro olímpico nos JO de Pequim, em 2008. Mark Spitz precisou de apenas cinco anos ao mais alto nível profissional para ser considerado o segundo melhor nadador de todos os tempos.
CARL LEWIS
Data de nascimento: 01/07/1961, 63 anos
Naturalidade: Birmingham (Alabama), Estados Unidos da América
Modalidade: Atletismo
Registo olímpico:
4 Jogos Olímpicos (1984, 1988, 1992 e 1996)
10 medalhas (9 ouros e 1 prata)
Considerado pelo Comité Olímpico Internacional (COI) o maior atleta olímpico do século XX, Carlton Lewis, mais conhecido por Carl Lewis, foi ‘rei’ dos 100 metros, 200 metros, 4x100 metros e do salto em comprimento entre as décadas de 80 e 90. Ao todo, foram nove medalhas de ouro olímpicas, conquistadas em Los Angeles (1984), Seul (1988) Barcelona (1992) e Atlanta (1996).
ALLYSON FELIX
Data de nascimento: 18/11/1985, 38 anos
Naturalidade: Los Angeles, Estados Unidos
Modalidade: Atletismo
Registo olímpico:
5 Jogos Olímpicos (2004, 2008, 2012, 2016 e 2020)
10 medalhas (7 ouros, 2 pratas e 1 bronze)
Nenhuma mulher conseguiu mais medalhas olímpicas do que a norte-americana e isso, por si só, vale desde logo a entrada nesta lista de lendas dos Jogos. Ao todo, Allyson Felix conseguiu 10 subidas ao pódio, 7 delas ao degrau mais alto. Curiosamente, a última medalha que conseguiu na sua carreira foi precisamente um ouro, nos 4x400 metros em Tóquio, onde também tinha conseguido o bronze nos 400 metros. É uma verdadeira lenda olímpica, com cinco Jogos no seu currículo, mas é também uma das mais emblemáticas e respeitadas atletas mundiais de sempre. O legado ficou semeado e perdurará certamente.
NADIA COMANECI
Data de nascimento: 12/11/1961, 62 anos
Naturalidade: Onesti, Roménia
Modalidade: Ginástica artística
Registo olímpico:
2 Jogos Olímpicos (1976 e 1980)
9 medalhas (5 ouros, 3 prata e 1 bronze)
Uma das maiores figuras da ginástica artística mundial. Nadia Elena Comaneci conquistou um total de nove medalhas olímpicas – cinco delas de ouro -, tendo sido a primeira ginasta a conseguir arrecadar a nota 10 (máxima) num evento olímpico de ginástica artística. Especialista em barras assimétricas e trave, a antiga campeã olímpica é hoje colaboradora da conceituada revista International Gymnast.
BIRGIT FISCHER
Data de nascimento: 25/02/1962, 62 anos
Naturalidade: Brandemburgo, Alemanha
Modalidade: Canoagem
Registo olímpico:
6 Jogos Olímpicos (1980, 1988, 1992, 1996, 2000 e 2004)
12 medalhas (8 ouros e 4 prata)
Nascida em Brandemburgo, um dos 16 estados federais da Alemanha, Brigit Fishcer é ainda, aos 59 anos, uma das melhores canoístas de todos os tempos, tendo conquistado entre os Jogos Olímpicos de Verão de 1980, em Moscovo, e de 2004, em Atenas, um total de 12 medalhas olímpicas – oito de ouro. É, atualmente, a segunda atleta feminina com mais medalhas olímpicas conquistadas, apenas atrás da soviética Larisa Latynina (18).
EDOARDO MANGIAROTTI
Data de nascimento: 07/04/1919; faleceu em 2012, com 93 anos
Naturalidade: Renate, Itália
Modalidade: Esgrima
Registo olímpico:
5 Jogos Olímpicos (1936, 1948, 1952, 1956 e 1960)
13 medalhas (6 ouros, 5 prata e 2 bronze)
Moldado pelo pai, Giuseppe Mangiarotti, campeão nacional de esgrima em Itália por 17 vezes, Edoardo rapidamente conseguiu ascender ao estrelato olímpico. Com apenas 17 anos, o esgrimista italiano conquistou a sua primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, numa prova de equipas. A primeira medalha de ouro em provas individuais viria a surgir 16 anos mais tarde, nos Jogos Olímpicos de Helsínquia, em 1952. Ao todo, Edoardo Mangiarotti conquistou seis medalhas de ouro olímpicas, cinco de prata e ainda duas de bronze. Em 2002, o Comité Olímpico Internacional (COI) premiou Edoardo com uma coroa de prata, apontando o italiano como "o maior esgrimista na história da modalidade".
ISABELL WERTH
Data de nascimento: 21/07/1969, 53 anos
Naturalidade: Issum, Alemanha
Modalidade: Equestre
Registo olímpico:
6 Jogos Olímpicos (1992, 1996, 2000, 2008, 2016 e 2020)
10 medalhas (6 ouros e 4 prata)
Aos 53 anos, Isabell Werth é a atleta olímpica mais medalhada da história de equestre. Entre os Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, e os de Tóquio, em 2020 – falhou pelo meio a participação nos JO de Atenas (2004) e de Londres (2012) , a alemã conquistou um total de 12 medalhas olímpicas, 7 de ouro e 5 de prata. Um registo que poderá reforçar em Paris, já que está novamente perfilada para representar a Alemanha no maior palco do desporto mundial. Serão os seus sétimos Jogos de carreira, um registo incrível, mas ainda longe dos 10 do canadiano Ian Millar, também ele do equestre.
Paris vai marcar a 33.ª edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, juntando-se a capital francesa a uma rica história, como feitos e factos que ficaram para sempre na memória dos amantes do desporto. Abaixo pode consultar dados sobre cada uma delas, desde Atenas'1896 até aos Jogos mais recentes, realizados no Japão, há três anos.
Mais medalhados por edição
Evento mais importante da história, os Jogos Olímpicos entregam desde a edição de 1904 as tradicionais três medalhas (ouro, prata e bronze). Olhando à história, milhares de medalhas já foram entregues, sendo que nesse particular são os Estados Unidos os grandes dominadores, com um total de 2655 metais. O domínio é tal, que a União Soviética, a segunda colocada, tem menos 1600 medalhas conseguidas (1010). Já a Grã-Bretanha fecha o top-3 histórico, com 930. Neste particular, as 28 medalhas portuguesas colocam o nosso país no 64.º posto absoluto.
Analisando edição a edição, o domínio norte-americano é evidente, com 18 Jogos Olímpicos nos quais acabou à frente das demais comitivas. Abaixo pode consultar precisamente essa divisão, repartida pelo número de metais diferentes conquistados.
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