Associações pedem a Marcelo e ao próximo Governo a "atenção que os militares merecem"
Forças Armadas anunciaram a possibilidade de protestos nas ruas.
As associações representativas de oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas enviaram este domingo um ofício à Presidência da República pedindo ao chefe de Estado e ao próximo Governo "a atenção que os militares merecem".
"As Associações Profissionais de Militares solicitam da parte de Sua Excelência o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, e do governo que resultar das próximas eleições legislativas, a atenção que merecem os Homens e Mulheres que prestam serviço à Pátria com a condição de Militares das Forças Armadas Portuguesas", lê-se num ofício conjunto dirigido ao chefe da Casa Militar do Presidente da República.
Neste documento, as três associações, que no final de fevereiro admitiram a possibilidade de protestos de militares nas ruas caso o próximo executivo responda às reivindicações das forças de segurança mas não dê "uma atenção especial" às Forças Armadas, escrevem que mantêm esta intenção, considerando que estará salvaguardado o respeito pela lei.
As três associações lembram que "sempre defenderam os direitos dos militares, em diversas iniciativas, tendo sido a última das quais em novembro de 2022, junto à residência oficial do primeiro-ministro, cumprindo a Lei e os princípios constitucionais".
"A Associação Nacional de Sargentos, a Associação de Oficias das Forças Armadas e a Associação de Praças pretendem que os direitos dos Militares sejam defendidos e respeitados. E continuaremos nessa senda, até vermos esses direitos consagrados. Como afirmámos, essa defesa passará por todas as formas de luta que nos são permitidas, dentro do cumprimento da Lei e da Constituição", garantem neste ofício dirigido ao Comandante Supremo das Forças Armadas.
As três associações escrevem ainda que "têm vindo a público" informações que consideram "despropositadas e descontextualizadas" sobre a sua "opinião difundida e a ação passada, presente e futura".
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