"Não é não é não a quê?": Rui Tavares pede clareza sobre política de alianças da AD 

Co-porta-voz do Livre exige coerência a Luís Montenegro com os anúncios da campanha eleitoral.

21 de março de 2024 às 13:18
Rui Tavares (Livre) Foto: Sérgio Lemos
Partilhar

Rui Tavares, co-porta-voz do Livre, pediu clareza a PSD e CDS sobre a política de alianças no Parlamento, na sequência da indigitação de Luís Montenegro como primeiro-ministro, esta quinta-feira.

"Desejamos clareza sobre as alianças e coerência com os anúncios da campanha eleitoral", declarou sobre a Aliança Democrática.

Pub

Numa alusão à afirmação repetida por Luís Montenegro ao longo da campanha, Rui Tavares perguntou: "O não é não é não a quê?".

Para o porta-voz do Livre, "isso vai ver-se com a eleição dos vice-presidentes da Assembleia da República", em que o Chega deposita esperanças de ver um membro do partido eleito.

Pub

Quanto aos resultados emigração apurados na quarta-feira, o partido alertou que mostraram novamente num grande número de votos nulos de cerca de 40%.

"Os votos dos emigrantes portugueses devem ser respeitados e o sistema eleitoral não pode continuar a funcionar de forma a que tantos deles acabem anulados", considerou o partido de Rui Tavares, que conseguiu eleger um grupo parlamentar de quatro deputados nas eleições deste mês, ultrapassando os 200 mil votos.

"Este é o melhor resultado obtido em qualquer eleição e igualmente o melhor resultado de qualquer partido dos Verdes Europeus em Portugal, reforçando que a esquerda verde europeia tem o seu espaço no nosso país", destacou o Livre.

Pub

Segundo o partido, este resultado demonstra também que é possível crescer e quadruplicar a representação no parlamento com um "discurso construtivo e de futuro, recusando a divisão e o ódio".

A Aliança Democrática (AD) venceu as eleições de 10 de março e o líder do PSD foi indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República. Luís Montenegro apresenta o seu Governo em 28 de março e a posse está prevista para 02 de abril.

As duas coligações lideradas pelo PSD -- AD (PSD/CDS/PPM) e Madeira Primeiro (PSD/CDS) -- conseguiram 28,84% dos votos e 80 deputados, segundo os resultados provisórios da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna - Administração Eleitoral.

Pub

O PS foi o segundo partido mais votado com 28% e 78 deputados, e o Chega obteve 18,07%, com 50 mandatos no novo parlamento.

A Iniciativa Liberal (IL) foi a quarta força política com 4,94% dos votos e com oito deputados, seguida do Bloco de Esquerda, com 4,36% e cinco deputados. Também elegeram deputados o PCP, com 3,17% e quatro deputados, os mesmos que o Livre, com 3,16%. O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) manteve o seu deputado, com 1,95%.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar