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CDU reúne com empresários para desmistificar ideia de ser contra as empresas

Secretário-geral do PCP realçou ser necessário investir em apoios para os pequenos négócios.

03 de março de 2024 às 13:44

A CDU abriu este domingo o oitavo dia de campanha eleitoral com uma sessão com micro, pequenos e médios empresários para desmistificar a ideia de ser contra as empresas e para exigir uma alteração da política económica do país.

Numa iniciativa diferente de todas aquelas que a Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) já realizou neste período oficial de campanha, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, ouviu os testemunhos de vários pequenos empresários - do vestuário à estética, passando pelos seguros ou ginásios - e acentuou a necessidade de apoiar a atividade destas pessoas em detrimento dos grandes grupos económicos.

"Esta é uma boa oportunidade para desmistificar de uma vez por todas uma ideia de que a CDU é contra o desenvolvimento e as empresas. Não só não somos contra, como achamos que é fundamental dinamizar a atividade económica. O problema é que temos um problema de fundo: uma política orientada para o apoio não à economia, mas ao 1% daqueles que desenvolvem atividade económica e que afasta 99% do tecido empresarial português", disse.

Sublinhando que a política económica nacional "responde às necessidades dos grandes grupos económicos" e invocando como exemplo um apoio de 400 mil euros à Sonae para o aumento dos custos do salário mínimo, o líder comunista frisou que esses grupos "engolem e esmagam" os micro, pequenos e médios empresários (MPME).

"Quando exigimos salários, sabemos que é um esforço para os MPME. Mas é um investimento", observou.

Acrescentou ainda que medidas como a fixação de preços em certas áreas e a redução do IVA na energia ou nas telecomunicações visam ajudar os empresários a enfrentar os custos de contexto da sua atividade.

"Os MPME são aliados do projeto da CDU. É preciso que estes 99% sejam discriminados positivamente e não o 1%. Esta é a grande diferença".

Igualmente presente na sessão, a candidata distrital por Setúbal e líder parlamentar do PCP, Paula Santos, assinalou a "grande relevância" na recolha de contributos dos MPME, lembrando que são estas pessoas que "fazem a economia girar todos os dias" no país, além de serem responsáveis por uma "parte importante" ao nível do emprego.

"A verdade é que têm sentido algumas dificuldades, pela perda do poder de compra dos trabalhadores e dos reformados. Com menos dinheiro há menos capacidade aquisitiva. O aumento dos salários e das reformas contribui para a melhoria da qualidade de vida, mas é também um elemento fundamental para a dinamização do consumo interno", salientou.

Paula Santos lembrou também várias propostas apresentadas pelos comunistas nesta área e vincou que os pequenos empresários não serão esquecidos pela CDU.

"No nosso projeto, que propomos para o distrito e para o país, o apoio às MPME é um aspeto de grande importância", finalizou.

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