Secretário-geral do PCP denunciou ainda o fosso salarial entre os homens e o sexo feminino.
O secretário-geral do PCP aproveitou o Dia Internacional da Mulher para avisar que uma eventual viragem à direita nas eleições legislativas de domingo pode colocar em risco os direitos das mulheres.
"Os direitos das mulheres não são nem podem ser assegurados, como se vê todos os dias, na prática, pela política de direita, venha ela de onde vier", afirmou Paulo Raimundo, numa sessão evocativa do Dia Internacional da Mulher, realizada em Vila Nova de Gaia.
Para o líder da CDU, a recente polémica sobre uma eventual reabertura da discussão de um referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez foi um exemplo do que a direita pode fazer em caso de vitória no domingo.
"O que alguns querem é mesmo retomar o projeto que interrompemos em 2015, bem como o caminho da interrupção voluntária da gravidez. Não tivesse sido a luta das mulheres e o papel determinante da CDU para correr para fora do poder o PSD e o CDS, mas também aqueles que estão esta sexta-feira no Chega e na IL, e esse projeto tinha ganhado mais asas e estaríamos esta sexta-feira em pleno retrocesso", salientou.
No último dia da campanha eleitoral, que a CDU encerra a norte com duas iniciativas no distrito do Porto e um comício de encerramento no distrito de Braga, o líder comunista atirou ainda aos outros partidos por, no seu entender, apenas esta sexta-feira se preocuparem com a igualdade, denunciando também o fosso salarial entre homens e mulheres.
"Todos enchem e vão encher esta sexta-feira a boca com a igualdade, mas, na prática, pelas suas opções, todos eles são responsáveis pela situação a que chegámos. Esta sexta-feira, estamos perante um alargar da discriminação salarial entre homens e mulheres. Não há nada que justifique isto; resolvendo isto, resolvemos uma parte importante da igualdade e dos problemas. A trabalho igual, salário igual. Isto, sim, é também cumprir Abril", referiu.
Considerando o Dia Internacional da Mulher "um dia de festa", Paulo Raimundo descreveu perante cerca de 150 pessoas a CDU como "a força da mulher" e enalteceu a importância das mulheres no funcionamento do país, elogiando-lhes a "fibra", apesar dos maiores obstáculos que enfrentam diariamente.
"É também um dia de festa de quem sabe que ainda falta tanto e tanto para concretizar. (...) Têm mesmo de ser respeitadas e valorizadas pelo papel único e determinante que têm no dia a dia do nosso país", observou, apelando diretamente ao seu voto: "No domingo, quando cada mulher chegar à cabine de voto, sem preconceitos e liberta da operação de condicionamento que todos os dias nos entra pela casa adentro, a única opção de voto que tem é na CDU".
De acordo com o secretário-geral do PCP, a luta pelos direitos das mulheres "é também uma luta pela democracia", reiterando a necessidade de consagrar uma igualdade efetiva entre homens e mulheres.
"Quem acha que pode haver democracia plena sem a plenitude de direitos das mulheres está muito enganado. Estas mulheres que dão, como sempre deram, um contributo fundamental para criar riqueza e pôr o país a funcionar. Não há nenhum setor em que as mulheres não estejam na primeira linha de ação", concluiu.
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