Porta-voz do Livre não deixou de alertar que "o voto útil há dois anos não resolveu nada", referindo-se à maioria absoluta do PS.
O porta-voz do Livre salientou este domingo que as recentes governações à esquerda "deixaram satisfação", nomeadamente a 'geringonça', ao contrário da direita que "traz más memórias", e deixou também um apelo de combate ao voto útil.
Numa visita ao bairro do Armador, em Chelas, distrito de Lisboa, Rui Tavares foi questionado sobre a presença do primeiro-ministro, António Costa, na campanha socialista para as legislativas de dia 10.
"Acho que esta maioria absoluta não foi suficiente, mas o que eu vejo é que a esquerda nos seus debates mostrou elevação e mostrou conteúdo, as governações da esquerda nesta última década e meia, a começar pela 'geringonça', deixaram satisfação. E a direita, quando traz os seus ex-primeiros-ministros, o que traz são más memorias", considerou.
Na opinião do cabeça-de-lista por Lisboa, quando a Aliança Democrática (que junta PSD, CDS-PP e PPM) leva para a campanha nomes como Cavaco Silva, Durão Barroso ou Pedro Passos Coelho, "o que as pessoas se lembram é de austeridade".
No entanto, apesar de apelar ao voto à esquerda, Rui Tavares não deixou de alertar que "o voto útil há dois anos não resolveu nada", referindo-se à maioria absoluta do PS e depois de no sábado António Costa se ter dirigido aos indecisos.
"O que resolve é darmos força às ideias de que gostamos mais. Fazemos o apelo a toda a gente que combata a ideia de que essa chantagem sobre os eleitores deva ser eficaz e que combata também desinformações acerca das posições do Livre", apelou, considerando que este é um pedido importante no começo da segunda e última semana de campanha eleitoral.
Interrogado sobre se António Costa seria um bom nome para a presidência do Conselho Europeu, Rui Tavares não deu uma resposta direta, mas deixou alguns 'reparos' ao ainda primeiro-ministro.
"Quem escolhe os presidentes do Conselho são os governos da União Europeia e quanto a nós mal. A UE precisa de se democratizar", começou por responder, defendendo que este órgão "tem de ser um verdadeiro senado" com "legisladores eleitos".
Rui Tavares salientou que António Costa "nunca acompanhou as ideias mais avançadas, mais ambiciosas do Livre para a União Europeia", e criticou o facto de o chefe do executivo ter considerado, na altura da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que "as violações do Estado de Direito na Hungria não deviam ser punidas financeiramente".
"Nós no Livre achamos que é preciso outra visão da União Europeia, completamente diferente, que não seja complacente com este estado de coisas na UE e seria preciso que Costa desse um grande salto na sua ambição para a UE para se aproximar do que o Livre tem de planos para a Europa", respondeu.
Interrogado sobre as diferenças entre os socialistas António Costa e Pedro Nuno Santos, Tavares respondeu que "tem que haver uma nova geração de políticos em Portugal que não se contentem com a convergência com a média da União Europeia", apontando que isso não é suficiente para que os jovens não emigrem.
O dirigente do Livre quer "políticas muito ambiciosas do ponto de vista da economia, ecologia e sociedade".
"E isso acho que uma nova geração de políticos, nomeadamente à esquerda, tem essa proposta para o país e é uma proposta que o país fará bem em abraçar e apostar, porque dará início a uma década de progresso de que nós precisamos muito", considerou.
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