O acidente aconteceu numa manhã de nevoeiro, a 16 de fevereiro de 1980. O porta contentores Tollan, de bandeira britânica choca, em pleno estuário do Tejo, com o navio sueco Barranduna. O gigante dos mares tomba sobre si próprio e arrasta para a morte 4 dos 16 tripulantes, incluindo a mulher do oficial de máquinas, Colin Campbell.
Quando os mergulhadores conseguem entrar na embarcação, já nada podem fazer pelos que ficaram aprisionados nos camarotes
O que a seguir se seguiu, foi uma longa saga de tentativas frustradas de remover o navio. Durante quase quatro anos, o Tollan permaneceu encalhado em frente à principal praça lisboeta e entrou no anedotário nacional. O Tollan (ou a versão aportuguesada, Tolan) deu nome a cafés e restaurantes e entrou no léxico como sinónimo de "encalhado".
Os jantares de solteiros passaram, por exemplo, a designar-se como "jantares tollan". Eo monstro de metal, com o casco a boiar no Tejo, ganhou várias alcunhas. O 'Porta-Aviões das Gaivotas', 'A Baleia Vermelha', 'O Farol dos Cacilheiros', eram alguns dos epítetos usados para o navio naufragado.
O navio, visto como um perigo para a navegação - em outubro de 1980, um ferry chegou a chocar com o casco do Tollan - só foi removido do Tejo em dezembro de 1983.