A edição de hoje
A vida não é, nunca foi, nem nunca será um "mar de rosas".
A vida não é, nunca foi, nem nunca será um "mar de rosas". Diria antes, que há dias em que no horizonte, o que vemos é um "mar de espinhos". É claro que podemos cortá-los; contudo, por vezes, eles são tão fortes que isso se torna difícil.
Sempre fui ensinada e incentivada a não desistir das coisas que quero, mas não falo de uma peça de roupa que ando a namorar há uns dias, não. Refiro-me a causas pelas quais vale a pena lutar: as minhas convicções, os meus objectivos de vida, as minhas crenç…Não se pode crer em causas perdidas; nunca é tarde demais para tentar e ter esperança. Como se costuma dizer, "a esperançéúltima a morrer" e, desde que se acredite em algo, tornamo-nos lutadores incansáveis.
Considero pois que mesmo que pareça que "rememos contra a maré" não existem impossíveis pois até as marés mudam…A mudança interior de um Ser Humano poderá ser um processo espinhoso porque somos e tornamos tudo muito mais complicado; a nossa individualidade psicológica dificulta a aceitação das diferenças dos outros impedindo-nos muitas vezes, de "remarmos todos para o mesmo lado".
De que vale pelejar por alguém, quando essa pessoa nos impede de destruir os altos muros de pedra que ergueu de forma a esconder dos outros o tesouro que é o seu coração?
Alguém tem de ceder? Não, não pode ser esse o caminho! A solução passa pela persistência em encontrar pontos convergentes que facilitem o diálogo, o entendimento. Terá que haver cedências de ambas as partes? Sim, talvez. Se, a cada cedência se marcar um alicerce para uma ponte de diálogo o encontro acontecerá! O mais difícil está feito!
Deixar-nos "levar pela maré", o mesmo será dizer, pelo coração, poderá ser surpreendente se soltarmos amarras que nos prendem e nos impedem de ir à luta.
Dito isto, penso que lutar é, em si mesmo, uma causa; todos os dias temos algo que nos impele a lutar; será necessário vontade, oportunidade, esperança, persistência e confiança.
Seremos mais felizes se perdermos a lutar do que se desistirmos da luta!
Texto enviado pela participante Nicole Félix, 19 anos, de Braga.
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