Empurra filho em baloiço até à morte

Criança de três anos morreu de sede e frio.

03 de julho de 2015 às 12:16
mãe, filho, Romechia Simms, Ji’Aire Foto: Facebook
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Romechia Simms, de 24 anos, colocou o filho num baloiço do parque infantil de La Plata, em Maryland, nos EUA, e baloiçou-o durante 44 horas. A criança acabou por morrer devido a hipotermia e desidratação. Ji’Aire foi encontrado morto a 22 de maio, mas a notícia começou a circular esta semana e está a chocar o mundo.

Apesar de a morte do menino ter sido classificada como homicídio, Diane Richardson, porta-voz do gabinete do xerife de Charles County, explicou que a mãe não vai ser acusada da morte por sofrer de distúrbios mentais. A doença fez com que, após a morte do filho, Romechia Simms passasse quatro dias a receber tratamento hospitalar. Segundo declarações de familiares citados pelo site  do jornal The Washington Post, a mulher nem sequer se lembrava do que tinha acontecido no parque infantil.

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Romechia Simms disputou a custódia de Ji’Aire com o pai, James Donnell Lee, de 29 anos. As tendências depressivas e a instabilidade da vida da progenitora, que não tinha casa fixa, levaram o pai a lutar pelo filho na Justiça. Em maio acabaram por concordar com a custódia partilhada da criança: o menino ficava com a mãe durante a semana e com o pai ao fim de semana. A tragédia aconteceu 11 dias depois desta decisão.

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Mãe escreve carta emocionante

O funeral de Ji’Aire realizou-se no mês passado, no cemitério da Ressurreição, em Clinton, Massachusetts. Apesar das desavenças, os pais mostraram-se unidos durante a cerimónia fúnebre, onde até deram as mãos.

Romechia Simms escreveu uma carta para o último adeus ao filho. "Estou lentamente a aceitar a tua morte. Quero que saibas que tive sempre muito orgulho em ti e que vou amar-te até ao fim dos tempos. Ji’Aire Donnell Lee, és fantástico. Amor para sempre, mãe", pode ler-se na carta reproduzida pelo jornal norte-americano.

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Após a tragédia, Vontasha Simms, a avó de Ji’Aire, recorreu ao Facebook para sensibilizar a opinião pública para quem sofre de doenças mentais. Partilhou uma foto do neto e escreveu: "Pode ser uma mãe, pai, irmã, irmão, uma criança, um membro da família ou você próprio. A doença mental afeta todas as famílias no país. Não vamos evitá-lo ou desviar os olhos porque podes ser tu."

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