Cadela sobrevive a amputação das quatro patas

Chi Chi resiste à tradição Sul Coreana de comer cães.

25 de fevereiro de 2016 às 18:37
Chi Chi, Coreia do Sul, Nabiya Proyecto Esperanza Irion, animais, resgate, labrador, cadela Foto: Facebook ARME/D.R
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Chi Chi é uma sobrevivente. Ao contrário de muitos outros animais esta cadela, de raça labrador, conseguiu salvar-se de servir de alimento para os humanos. Nasceu na Coreia do Sul e o seu destino estava traçado para servir de "gargogi" ou "kaegogi", nome que se dá à carne deste animal.

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Uma tradição que choca a cultura ocidental e que tem vindo a mudar ao longo dos anos, visto que já são poucos os cidadãos coreanos que comem carne de cão.

Com apenas dois anos de idade, Chi Chi esteve pendurada pelas patas, durante dias, para que a carne se tornasse mais tenra. As feridas provocadas pelas cordas foram demasiado grandes e, os homens que até então queriam transformá-la em alimento, decidiram abandoná-la, moribunda, num caixote do lixo.

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Um membro da associação ‘Nabiya Proyecto Esperanza Irion’ encontrou a cadela e levou-a para o hospital. A história de Chi Chi chegou à associação ARME, dedicada a resgatar cães de provas de laboratórios. "As feridas de Chichi eram muito profundas, ao ponto que, em algumas zonas do seu corpo só se via osso", disse um membro da ARME.

Os veterinários decidiram amputar-lhe as patas pois era a única maneira de sobreviver.

Chi Chi já tem uma família pronta para a receber, os Howells, que têm outros cães resgatados em condições extremas. Até à segunda semana de março, data prevista para entregar a cadela à nova família, Chi Chi está em fase de reabilitação com umas próteses feitas à medida das suas patas.

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Os cuidadores, que têm acompanhado Chi Chi, asseguram que apesar de um passado muito duro, é uma cadela que dá carinho e afeto a todos os que estão em contacto com ela. 

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