Novas deserções na base de apoio a Dilma
Conselheiros já dão como perdida a votação no Congresso.
A presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um processo de destituição no Congresso, sofreu duas novas derrotas. Dois partidos da sua base de apoio, o Partido Progressista (PP) e o Partido Republicano Brasileiro (PRB), romperam com ela e vão apoiar a destituição na votação final na Câmara dos Deputados, no domingo.A deserção do PP é dramática para Dilma, pois o partido, que, com 47 deputados, é a quarta maior bancada do Parlamento, era uma esperança da presidente para manter o cargo. Aliciado por Lula da Silva com mais ministérios, o presidente do PP, Ciro Nogueira, anunciou que o partido ia continuar no governo e votar contra o afastamento de Dilma, mas a bancada parlamentar revoltou-se e decidiu por 37 a 9 romper com o executivo e apoiar a destituição.
A decisão entrava os esforços de Lula para salvar Dilma. O ex-presidente perdeu também os votos do PRB, a quem prometeu igualmente cargos. O PRB não cedeu e os seus 22 deputados votarão contra Dilma. Outro importante aliado, o Partido Social Democrata, estudava ontem a saída do executivo.
Em privado, até assessores e ministros de Dilma consideram a votação de domingo perdida e pensam já em travar a destituição no Senado, para onde tramita o processo se pelo menos 342 deputados chumbarem Dilma no fim de semana.
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