Atirador da Flórida ouviu vozes dizerem-lhe para matar
Nikolas Cruz terá dito à polícia que foi guiado por ‘demónios’ durante o tiroteio.
O atirador que matou 17 pessoas numa escola secundária de Parkland, na Florida, disse à polícia que ouviu vozes a dizerem-lhe para matar. Soube-se, entretanto, que Nikolas Cruz, de 19 anos, demorou somente seis minutos a fazer o massacre e escapou misturado com os alunos em fuga da escola.
Os polícias que capturaram Cruz, a cerca de 1,5 km da escola, dizem que ele conta ter ouvido vozes do que designaram como ‘demónios’ a orientarem as suas ações durante o massacre.
Cruz chegou num carro da Uber e dirigiu-se à entrada da escola com um saco na mão e uma mochila às costas. Subiu uma escadaria de acesso ao primeiro andar, onde tirou uma espingarda do saco e disparou dentro de quatro salas, voltando atrás para fazer mais disparos em duas delas. No segundo piso terá matado somente uma pessoa, seguindo para o terceiro andar de imediato. Aí fez mais vítimas, mas regressou em somente três minutos à entrada da escola, onde se misturou com alunos em fuga.
Após a fuga, Cruz, como se nada se tivesse passado, foi a um Walmart comprar uma bebida e, de seguida, foi comer num restaurante da McDonald’s. Foi detido 40 minutos depois quando descia uma rua.
PORMENORES
Acusado por 17 mortes
O atirador foi a tribunal na quinta-feira para ser formalmente acusado de 17 homicídios. Pode ser condenado a pena de morte. O juiz ordenou prisão preventiva sem direito a fiança.
Autismo e depressão
A defesa de Nikolas Cruz, o assassino, diz que ele padece de autismo e depressão e tem ainda outros problemas psíquicos.
Vigilância contra suicídio
O atirador vai ser colocado sob vigilância permanente para evitar que cometa suicídio na cela. A defesa alega que ele está "em sofrimento e com remorsos".
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