ONU dividida sobre tréguas na Síria

O leste da região síria de Ghouta foi esta sexta-feira bombardeado pelo sexto dia consecutivo. Horas antes de o Conselho de Segurança da ONU votar um cessar-fogo de 30 dias para permitir ajuda humanitária aos cerca de 400 mil residentes cercados, o número de vítimas dos massacres aproximava-se dos 500 mortos e mais de dois mil feridos.

A Rússia, país com direito de veto, exigia ontem alterações ao texto da resolução para incluir a exigência aos grupos rebeldes de que não atacariam zonas urbanas de Damasco durante o cessar-fogo.

Até ao fecho da edição, os debates revelaram-se infrutíferos.

O acordo foi dificultado pelos rebeldes, que rejeitaram uma solução como a que pôs fim ao cerco a Alepo.

"Recusamos qualquer iniciativa que passe por tirar os residentes de casa e levá-los para outro lado", afirmou, em carta ao Conselho de Segurança, uma fação rebelde de Ghouta.