Bolsonaro reforça liderança sobre Haddad nas presidenciais brasileiras
Candidato de extrema-direita tem já o apoio de 31% dos brasileiros.
Apesar do violento bombardeio dos adversários e de grandes protestos de mulheres nas ruas, Jair Bolsonaro manteve e até aumentou o seu favoritismo para a primeira volta das presidenciais brasileiras do próximo domingo. Uma sondagem divulgada esta terça-feira pelo Ibope mostra que subiu dos 27% que já tinha há duas semanas para 31% das intenções de voto.
Com isso, aumentou de seis para dez pontos a vantagem sobre o segundo colocado, Fernando Haddad, que manteve os 21% que já tinha, e que também tem uma vantagem confortável sobre os candidatos que o seguem. Pelo levantamento do Ibope, Ciro Gomes, terceiro colocado, caiu de 12% para 11%, Geraldo Alckmin manteve-se nos 8% e Marina Silva, antes uma das favoritas, caiu de 6% para 4%.
Pelos números do novo estudo de opinião, Bolsonaro e Haddad irão para uma segunda volta, pois nenhum deles deve ter votos suficientes para ser eleito já no domingo. Também neste caso, a situação de Bolsonaro, que até agora, segundo as sondagens, perdia para todos numa segunda volta, melhorou ligeiramente, pois ele aparece exatamente empatado com Haddad, cada um com 42%.
Tendo tido alta hospitalar no sábado, após 23 dias internado por causa dos graves ferimentos provocados durante um ato de campanha por um fanático religioso, no dia 6 de setembro, Bolsonaro recupera agora em casa, no Rio de Janeiro. Ele afirmou querer ir ao último debate da campanha, amanhã, na TV Globo, mas tal vai depender de uma nova avaliação médica.
Esta terça-feira, os mercados reagiram muito positivamente à subida de Bolsonaro nas sondagens. A Bovespa, Bolsa de Valores de São Paulo, passou o dia em forte alta e o dólar, para onde os investidores correm em caso de suspeita de risco e que tem estado sobrevalorizado, teve uma queda acentuada.
Juiz Sérgio Moro acusado de tentar prejudicar Haddad
O juiz Sérgio Moro, que lidera a Lava Jato, provocou polémica ao divulgar parte do acordo de delação premiada do ex-ministro António Palocci, em que este faz denúncias graves contra os ex-presidentes Lula e Dilma e o PT.
As denúncias não são novas, mas o facto de o juiz ter decidido revelar o acordo na reta final da campanha foi encarado como uma tentativa de prejudicar o candidato do PT, Fernando Haddad.
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