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Bolsonaro aumenta vantagem apesar de protestos e ataques

Candidato é um dos favoritos à vitória nas presidenciais de outubro, no Brasil.

02 de outubro de 2018 às 15:18

Mesmo sob ataques cerrados de quase todos os outros candidatos e de enfrentar protestos de mulheres nas ruas contra a sua candidatura, o líder das sondagens para as presidenciais brasileiras do próximo domingo, mantém liderança e ainda a ampliou. Segundo sondagem divulgada no final da noite desta segunda-feira pelo Ibope, Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, a diferença entre Bolsonaro e o segundo colocado, Fernando Haddad, subiu de seis para dez pontos.

Os outros principais candidatos também estagnaram ou caíram nas intenções de voto nesses cinco dias entre as duas sondagens, e, a menos que ocorra algum facto inesperado e extraordinário, dificilmente conseguirão ir para a segunda volta com Bolsonaro ou com Haddad. Ciro Gomes, o terceiro colocado, caiu de 12% para 11%, Geraldo Alckmin, o quarto, manteve os 8% que já tinha, e Marina Silva, a quinta, caiu de 6% para 4%.

Em relação a uma, cada vez mais provável segunda volta, a realizar no final de outubro, Bolsonaro esboçou um ligeiro movimento de reverter esse quadro desfavorável. Segundo o Ibope desta segunda-feira, numa eventual segunda-volta com todos unidos contra ele, Bolsonaro perderia para Ciro e para Alckmin, mas venceria Marina e empataria em exatos 42% a 42% com o seu mais provável adversário, Fernando Haddad.

A ampliação da liderança de Bolsonaro chama ainda mais a atenção porque este está há 26 dias sem participar em atos de campanha, depois de, no dia 6 de setembro, ter sido gravemente ferido no abdómen por uma facada desferida por um fanático religioso num ato político em Minas Gerais Desde essa altura tem-se limitado a publicar pequenos comentários no Twitter. Mesmo tendo tido alta do hospital no sábado, Bolsonaro está em repouso absoluto por determinação médica devido à debilidade física que ainda o afeta.

No fim de semana, milhares de pessoas foram às ruas de várias cidades do Brasil em protestos contra Bolsonaro convocados por grupos de mulheres, que o acusam de autoritário e sexista. No domingo, no penúltimo debate na televisão, desta feita na TV Record, foi o alvo dos ataques mais violentos dos outros candidatos, que o acusam de tentar implantar no Brasil uma ditadura de direita. 

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