Theresa May sobrevive a moção de censura no Reino Unido

Primeira-ministra convida oposição a negociar, mas partidos exigem que governo afaste primeiro possibilidade de saída sem acordo.

17 de janeiro de 2019 às 01:30
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A primeira-ministra britânica Theresa May sobreviveu esta quarta-feira à moção de censura apresentada pela oposição trabalhista, mas o Reino Unido não parece estar mais perto de uma solução para a crise aberta pela rejeição do acordo do Brexit pelo Parlamento, na terça-feira.

A moção de censura foi rejeitada por uma margem de 19 votos - 306 deputados votaram a favor da demissão de May, perante 325 que votaram contra a moção. Um cenário bem diferente da véspera, quando o acordo do Brexit foi chumbado por uma esmagadora maioria de 432-202.

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May agradeceu a confiança do Parlamento e procurou de imediato tomar a iniciativa, convidando os líderes de todos os partidos para negociações com vista a alcançar um consenso sobre o Brexit, mas o convite foi prontamente rejeitado pela oposição.

Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista, e Ed Davey, dos Liberais-Democratas, garantiram que só tencionam sentar-se à mesa das negociações com May se a primeira- -ministra rejeitar de antemão a possibilidade de um Brexit sem acordo.

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Já a líder nacionalista escocesa, Nicola Sturgeon, foi mais longe e exigiu como pré- -condição para negociar o adiamento do Brexit e a realização de um segundo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, opção que parece ganhar cada vez mais força entre alguns setores do Partido Trabalhista.

O governo já garantiu que não tenciona retirar da mesa a possibilidade de uma saída sem acordo, tornando impossível qualquer entendimento com a oposição. Recorde-se que May prometeu voltar ao Parlamento na segunda-feira com uma versão alternativa do acordo, mas perante o atual impasse, arrisca uma nova derrota.

Empresas têm de avaliar dificuldades como atrasos e redução de encomendas

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Por outro lado, as empresas têm de avaliar os constrangimentos que irão enfrentar, nomeadamente "o atraso na entrega de produtos devido a demoras nas fronteiras e a redução de encomendas devido à desvalorização da libra".

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