Estudo indica que coronavírus pode permanecer em sémen de homens recuperados

Homens que recuperaram são aconselhados a evitarem relações sexuais ou a recorrerem a preservativos.

07 de maio de 2020 às 19:15
sexo xxx Foto: Getty Images
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Muitas têm sido as dúvidas sobre a possibilidade da propagação do coronavírus através das relações sexuais.

Um grupo de cientistas chineses decidiu analisar amostras de sémen de 38 pacientes - 15 deles internados no hospital e 23 pessoas recuperadas da Covid-19.

Segundo o The Sun, seis homens, ou seja 16%, tinha o vírus SARS-CoV-2, que causa o coronavírus, na amostra recolhida de espermatozóides.

Com estas conclusões, os cientistas descobriram que o vírus pode persistir por muito mais tempo nos testículos e propagar-se através do sexo.

Num artigo da revista JAMA Network Open, o investigador Shixi Zhang, do Hospital Municipal Shangqiu, afirmou que "a sobrevivência da SARS-CoV-2 no sémen de um paciente em recuperação mantém a probabilidade de infetar outras pessoas".

Um grupo de cientistas chineses decidiu analisar amostras de sémen de 38 pacientes - 15 deles internados no hospital e 23 pessoas recuperadas da Covid-19.

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Segundo o The Sun, seis homens, ou seja 16%, tinha o vírus SARS-CoV-2, que causa o coronavírus, na amostra recolhida de espermatozóides.

Com estas conclusões, os cientistas descobriram que o vírus pode persistir por muito mais tempo nos testículos e propagar-se através do sexo.

No caso de se confirmar que o coronavírus é transmitido através do sexo, os homens em recuperação serão aconselhados a absterem-se de relações sexuais ou a recorrer à utilização de preservativos a fim de impedir a transmissão do vírus.

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Allan Pacey, professor de Andrologia da Universidade de Sheffield, admite que a experiência possa abrir conclusões sobre a possível propagação do vírus através do contacto sexual. No entanto, este resultado não é uma novidade no que toca a doenças contagiosas. "O mesmo resultado já ficou demonstrado com muitos outros vírus, como o Ébola e o Zika", afirmou o docente. 

Os cientistas admitiram que o estudo levanta "questões importantes". O professor Richard Sharpe, da Universidade de Edimburgo e membro da Sociedade de Endocrinologia, relembrou que a amostra foi recolhida de uma minoria de homens infetados com coronavírus, num hospital, ou seja, na fase ativa da infeção, mas também em homens recuperados.

"A descoberta levanta a possibilidade de que a Covid-19 também possa ser transmitida através do sémen e, portanto, via contato sexual, inclusive durante a fase de recuperação", referiu Sharpe.

A prioridade passa por perceber quanto por quanto tempo é que o vírus persiste no sémen, a fim de evitar a maior propagação da doença.

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Os cientistas admitiram que o estudo levanta "questões importantes". O professor Richard Sharpe, da Universidade de Edimburgo e membro da Sociedade de Endocrinologia, relembrou que a amostra foi recolhida de uma minoria de homens infetados com coronavírus, num hospital, ou seja, na fase ativa da infeção, mas também em homens recuperados.

"A descoberta levanta a possibilidade de que a Covid-19 também possa ser transmitida através do sémen e, portanto, via contato sexual, inclusive durante a fase de recuperação", referiu Sharpe.

A prioridade passa por perceber quanto por quanto tempo é que o vírus persiste no sémen, a fim de evitar a maior propagação da doença.

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