EUA avisam que Rússia pode usar armas químicas para atacar Ucrânia

EUA diz que falsas alegações do Kremlin sobre armas químicas e biológicas ucranianas podem ser pretexto para lançar um ataque não convencional.

11 de março de 2022 às 01:30
Guerra na Ucrânia Foto: Reuters
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Imagem abertura 42511332.jpg (13204355) (Milenium) Foto: ROMAN PILIPEY/epa
Guerra na Ucrânia Foto: Reuters
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Os EUA e o Reino Unido acreditam que a Rússia pode estar a preparar um ataque com armas químicas ou biológicas na Ucrânia, numa escalada impensável num conflito que já provocou pesadas baixas entre a população civil.

Na base das suspeitas ocidentais estão as falsas alegações feitas esta semana por Moscovo, que garantiu ter provas de que os EUA financiaram e apoiaram um alegado plano de desenvolvimento de armas químicas e biológicas do Governo ucraniano, acusações que foram ecoadas pela China sem que fosse apresentada qualquer evidência.

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“Agora que a Rússia fez estas alegações, apoiadas pelas China, devemos estar muito atentos ao possível uso de armas químicas ou biológicas pela Rússia na Ucrânia, ou à encenação de um ataque falso usando estas armas”, avisou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, acrescentando que as alegações russas não passam de “uma manobra descarada” para justificar uma ação premeditada e injustificada com recurso a armas não convencionais.

A opinião é partilhada pela MNE britânica, Liz Truss, que lembrou esta quinta-feira que a Rússia “já usou este tipo de táticas noutros conflitos”, referindo-se à Síria, onde as forças sírias aliadas da Rússia usaram armas químicas contra alvos civis pouco depois de Moscovo fazer alegações semelhantes.

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No terreno, a Rússia voltou esta quinta-feira a sofrer um novo revés, quando uma coluna militar que avançava para Kiev sofreu uma emboscada da artilharia ucraniana junto à localidade de Brovary, a leste da capital, tendo sofrido pesadas baixas. Outro avanço a partir de Irpin, a oeste de Kiev, foi travado pelas defesas ucranianas.

Entretanto, a situação na cidade cercada de Mariupol é cada vez mais desesperada, com a Cruz Vermelha a dar conta de lutas entre civis por comida e combustível. A cidade, onde um ataque russo contra uma maternidade fez pelo menos três mortos na quarta-feira, continua sob constante bombardeamento e as forças russas voltaram esta quinta-feira a impedir a retirada de civis e a entrada de ajuda.

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