Aldeias isoladas em Marrocos ainda sem ajuda
Sobreviventes do sismo suplicam por comida, abrigo e ajuda para tirar os corpos dos escombros.
Mais de quatro dias após o devastador sismo que atingiu a região do Alto Atlas, em Marrocos, ainda há muitas aldeias que não receberam qualquer ajuda das autoridades, com os sobreviventes desesperados a implorarem por mantimentos, abrigo e ajuda para recuperar os cadáveres presos nos escombros.
Algumas pessoas optaram por abandonar as aldeias e acampar junto à estrada principal que liga as montanhas à cidade de Marraquexe, na esperança de obterem ajuda. "As aldeias do vale foram completamente esquecidas. Precisamos de ajuda", contam aos jornalistas por entre relatos de aldeias completamente arrasadas e sobreviventes a escavarem os escombros com as mãos para recuperar os corpos de familiares. O último balanço é de 2901 mortos e mais de 5 mil feridos.
Até terça-feira, o Governo marroquino apenas tinha aceitado as ofertas de ajuda de quatro países, deixando os restantes, incluindo Portugal, sem resposta.
"Agora já é tarde. O nosso trabalho é salvar pessoas, não é desenterrar cadáveres", diz um socorrista de uma ONG francesa.
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