Israel diz que conseguiu matar comandante do Hezbollah em ataque em zona residencial no sul de Beirute
Explosão foi ouvida nos subúrbios a sul de Beirute conhecidos como Dahye, um importante bastião do grupo islâmico.
O exército israelita confirmou ter realizado um ataque de retaliação numa zona residencial em Beirute, capital do Líbano, contra um comandante do Hezbollah por este ter "ultrapassado uma linha vermelha" ao provocar a morte a 12 crianças e jovens, nos Montes Golã. O bombardeamento fez várias vítimas mortais, entre elas Fawad Sukar e duas crianças, e 85 feridos.
"As Forças de Defesa Israelitas efetuaram um ataque seletivo em Beirute, contra o comandante responsável pelo assassinato das crianças nos Montes Golã e pelo assassinato de numerosos outros civis israelitas. De momento, não há alterações na defensiva do Comando da Frente Interna", lê-se numa publicação partilhada pelos militares no X.
Segundo o jornal The Times of Israel, Fawad Sukar era o responsável pelas atividades militares e era também conselheiro militar sénior do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Fontes locais citadas pelas agências internacionais no Líbano relataram uma explosão nos subúrbios a sul de Beirute conhecidos como Dahye, um importante bastião do Hezbollah.
Recorde-se que no fim de semana, dez crianças e jovens, com idades compreendidas entre os dez e os 16 anos, foram atingidos por um rocket quando se encontravam num campo de futebol, nos Montes Golã, no norte de Israel.
Desde o ataque, Beirute encontrava se em estado de alerta face à previsível retaliação israelita. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu uma “resposta dura” de Israel pelo ataque que causou a morte das 12 crianças e adolescentes.“O Estado de Israel não pode deixar que este ataque fique sem resposta. A nossa resposta chegará, e será dura”, garantiu o chefe do Governo, horas depois de o Gabinete de Guerra israelita ter dado “luz verde” ao Executivo para responder “de forma adequada” ao ataque do Hezbollah.
O primeiro-ministro libanês classificou o ataque de Israel a sul de Beirute, como uma "agressão flagrante", reclamando o "direito de tomar medidas" contra a "hostilidade israelita".
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