49,4% dos brasileiros dizem que o governo Lula é pior do que o de Bolsonaro

Vivendo o período de maior rejeição popular da sua longa trajetória política, o presidente brasileiro, Lula da Silva, não para de surpreender pelo avanço das avaliações negativas sobre si e o seu trabalho. Mais uma sondagem, esta do Instituto Atlasintel em conjunto com a Bloomberg, avança que a situação do veterano presidente, de 79 anos, é tão crítica que metade dos brasileiros já avaliam o seu governo como pior do que o do seu antecessor, o polémico ex-presidente Jair Bolsonaro, considerado um dos piores da história do país.

De acordo com o levantamento, divulgado esta sexta-feira, 49,4% dos inquiridos disseram que o governo de Lula é sim pior do que o de Bolsonaro, que ao sair da presidência em Dezembro de 2022, ao fugir para os EUA temendo ser preso, parecia ter atingido o recorde de impopularidade entre os governantes das últimas décadas. Um número muito similar, 48,9%, avaliam o atual governo melhor do que o anterior, mostrando o Brasil dividido ao meio, mas o que chama a atenção é o aumento dos que consideram Lula pior do que Bolsonaro, que subiu em somente dois meses 3,6% pontos, evidenciando a velocidade da deterioração da imagem do chefe de Estado, que está a meio do seu terceiro mandato presidencial e sonha com uma nova reeleição em 2026.

Quando a pergunta não é de comparação com o governo anterior mas sim sobre a avaliação do governo atual, os números são ainda mais desfavoráveis. Neste levantamento, 50,8% avaliaram o governo de Lula da Silva como “mau ou péssimo”, um aumento de 4,3 pontos em relação a janeiro, 37,6% consideraram-no “bom ou ótimo” e 11,3% afirmaram não aprovar mas também não rejeitar.

Sondagens divulgadas nas últimas duas semanas por outros institutos sobre o desempenho pessoal de Lula revelaram números absolutamente dramáticos para o presidente. Em estados como Goiás, por exemplo, no centro-oeste do Brasil, e Rio Grande do Sul, no sul, a reprovação a Lula da Silva atinge 70%, enquanto nos dois estados mais populosos, São Paulo e Rio de Janeiro, chega muito perto disso, respetivamente 69% e 66%.