Agência espacial NASA anuncia mais retrições a cientidas chineses

Estas novas medidas surgem no meio de tensões renovadas entre os Estados Unidos e a China desde o regresso do presidente dos EUA, Donald Trump, ao poder, em janeiro.

11 de setembro de 2025 às 09:54
NASA Foto: Facebook
Partilhar

A agência espacial norte-americana, NASA, anunciou esta quinta-feira que restringiu ainda mais o acesso dos cientistas chineses aos seus programas espaciais em plena corrida para a Lua entre os Estados Unidos (EUA) e a China.

"A NASA tomou medidas internas em relação aos cidadãos chineses, incluindo a restrição do seu acesso físico e computacional às nossas instalações, equipamentos e rede para garantir a segurança do nosso trabalho", disse um porta-voz da agência num e-mail enviado à Agence France Press (AFP).

Pub

De acordo com a AFP, a contratação de cidadãos chineses pela agência espacial norte-americana já estava sujeito a restrições de longa data, mas os cientistas chineses com vistos americanos ainda podiam trabalhar em certos programas como subcontratados, estudantes ou parceiros universitários.

Estas novas medidas surgem no meio de tensões renovadas entre os Estados Unidos e a China desde o regresso do presidente dos EUA, Donald Trump, ao poder, em janeiro.

As duas potências rivais estão envolvidas numa competição aberta pela Lua e ambas têm como objetivo enviar humanos para o satélite natural da Terra nos próximos anos.

Pub

"Estamos atualmente envolvidos numa segunda corrida espacial", disse o administrador da NASA, Sean Duffy, aos jornalistas esta quinta-feira, referindo-se à competição entre os EUA e a União Soviética durante a Guerra Fria (1947-1991).

"Os chineses querem regressar à Lua antes de nós. Isso não vai acontecer", garantiu Sean Duffy.

A China pretende pisar a Lua até 2030 e os EUA declaram ser capazes de atingir o objetivo antes da China, devido ao novo programa espacial, o Artemis.

Pub

Em 1969, os EUA conseguiram enviar astronautas para a Lua e o objetivo dos norte-americanos é repetir o evento em meados de 2027.

Os cortes orçamentais na NASA, decididos pela administração Trump, aumentam os receios de que a viagem à Lua se atrase, destacando o risco de entregar à China o primeiro lugar.

Em maio, o governo dos EUA anunciou os cortes na NASA, que atingiram os 24% anuais no orçamento, destacando que Donald Trump criticou o programa lunar Artemis.

Pub

O presidente dos EUA disse que o programa era muito caro e sofreu inúmeros atrasos.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar