Alarme avariado e ausência de câmaras 'ajudaram' ladrões a roubar joias do Museu do Louvre
Ministro da Justiça admite “falhas” que dão “imagem terrível” de França. Há o risco de as joias serem desmanteladas e retiradas discretamente do país.
O ministro francês da Justiça, Gérald Darmanin, admitiu esta segunda-feira “falhas graves” de segurança que facilitaram o trabalho dos assaltantes que no domingo roubaram oito joias napoleónicas de valor incalculável do Museu do Louvre, em Paris. Segundo a imprensa francesa, o alarme da janela por onde entraram os ladrões estava avariado há mais de um mês e a Galeria de Apolo, onde se encontravam expostas as peças, não tinha videovigilância.
De acordo com a investigação preliminar, os alarmes só dispararam quando os ladrões partiram à marretada as vitrinas onde estavam as joias. Quando os guardas chegaram ao local, já era tarde. O assalto durou pouco mais de sete minutos e ocorreu meia hora depois de o museu abrir as portas. Um visitante ainda conseguiu filmar um dos ladrões, de rosto coberto e vestido com um colete amarelo das obras, a partir uma das vitrinas.
Na fuga, os ladrões deixaram cair a coroa da imperatriz Eugénia, com mais de 1300 diamantes e avaliada em mais de 50 milhões de euros. O valor das restantes peças não foi divulgado.
Os assaltantes deixaram para trás a carrinha com uma escada extensível que usaram para aceder à janela da galeria. O plano era pegar-lhe fogo, mas foram impedidos por funcionários do museu que acorreram ao local.
Peritos já avisaram que as primeiras 48 horas são cruciais para apanhar os assaltantes e recuperar as joias. Quanto mais tempo passar, maior o risco de as peças serem desmanteladas e vendidas ou retiradas discretamente para fora do país.
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