Alexandre Frota condenado por dizer que juiz é ativista gay e que julga "com a bunda"

Ex-ator foi condenado esta segunda-feira a pagar indemnização de 5,8 mil euros ao juiz.

Alexandre Frota Foto: Redes Sociais
Alexandre Frota operado ao pénis Foto: Redes Sociais

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O ex-ator brasileiro de filmes pornográficos Alexandre Frota, hoje deputado federal eleito pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, foi condenado pela justiça de São Paulo por, há alguns anos atrás, ter acusado um magistrado que lhe rejeitou uma ação de ser um ativista gay.

O magistrado, Luís Eduardo Scarabelli, tinha na altura negado um pedido de indemnização feito por Frota contra a na altura secretária nacional de Políticas Para Mulheres do governo da antiga presidente Dilma Rousseff, Eleonora Menicucci.

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Ao ter o seu pedido de indemnização por supostos danos morais negado por Scarabelli, Alexandre Frota criticou o magistrado, afirmando que o juiz era "um ativista" do movimento gay e que "não tinha julgado com a cabeça e sim com a bunda". Scarabelli reagiu, e moveu duas ações contra Frota, uma na esfera cível e outra na esfera criminal.

Na última, Alexandre Frota foi condenado esta segunda-feira a pagar indemnização de 5,8 mil euros ao juiz, montante acordado entre as duas partes numa audiência de conciliação.

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Na ação cível, julgada antes desta, Frota já tinha sido igualmente condenado a pagar uma indemnização ao magistrado, dessa feita no dobro do valor da actual, 11,6 mil euros.

No processo julgado esta segunda-feira, o ex-actor porno, hoje um dos mais aguerridos membros da tropa de choque do governo Bolsonaro no parlamento, foi condenado também a retratar-se publicamente.

Por isso, logo após a audiência, Frota escreveu no seu Twitter que reconhecia ter-se referido ao magistrado de forma desrespeitosa, o que agora lamentava, mas que depois do acordo estava tudo bem e a vida segue.

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