Aliados aumentam pressão sobre Trump

Os principais aliados europeus dos EUA reforçaram ontem a pressão sobre o presidente Donald Trump para manter o acordo nuclear com o Irão, com o MNE britânico, Boris Johnson, a avisar que qualquer alternativa "é pior".

Johnson, que está em Washington para tentar convencer os EUA a não rasgarem o acordo mas não se vai encontrar com Trump, foi no domingo ao programa 'Fox and Friends', um dos preferidos do presidente, no qual reconheceu que o acordo assinado em 2015 "tem falhas mas podem ser remediadas".

Para o MNE britânico, é melhor "manter as algemas" que ajudam a conter as atividades nucleares iranianas "do que quebrá-las", numa referência às ameaças de Trump de rasgar o acordo nos próximos dias. "De uma coisa eu tenho a certeza: qualquer alternativa será pior", afirmou.

Também os chefes da diplomacia de França e da Alemanha, Jean-Yves Le Drian e Heiko Maas, respetivamente, juntaram as suas vozes à do colega britânico e apelaram ao bom senso do presidente norte-americano, afirmando que "não existe qualquer razão justificável" para abandonar um acordo "que tornou o Mundo mais seguro".

PORMENORES

Irão admite ficar

O regime de Teerão admitiu ontem pela primeira vez que poderá manter-se no acordo mesmo se os EUA decidirem retirar-se. "Se conseguirmos garantir aquilo que pretendermos sem os EUA, podemos manter o nosso compromisso", afirmou o presidente Hassan Rouhani.

Decisão anunciada hoje

Donald Trump vai anunciar esta tarde a sua decisão sobre a manutenção dos EUA no acordo nuclear com o Irão, indicou ontem no Twitter. Tudo indica que irá escolher abandonar aquele que descreveu como "o pior acordo de sempre".