Amazónia vai receber animais em risco de extinção 

O Brasil vai soltar mamíferos aquáticos gigantes em risco de extinção na Amazónia.

08 de janeiro de 2015 às 19:36
08-01-2015_19_33_09 Filhote de Peixe-Boi encalhado é resgatado por pesquisadores do Instituto Mamirauá na Amazónia em 2013 - 01.jpg
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Seis exemplares de um dos mamíferos aquáticos em maior risco de extinção, o gigantesco manatim, também conhecido como Peixe-Boi, serão soltos na natureza no próximo fim-de-semana.

É numa região do interior do estado brasileiro do Amazonas, na Amazónia, que o Instituto Mamirauá vai libertar os seis manatins, dois machos e quatro fêmeas, depois de ter cuidado deles nos primeiros tempos de vida. Segundo disse fonte do Instituto ao Correio da Manhã, os animais passaram por um longo período de adaptação e aprendizado num centro de reabilitação desta entidade, para ganharem condições reais de sobreviver em liberdade.

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Estes mamíferos aquáticos foram resgatados ainda bebés, depois de se terem perdido das mães quando estas foram aprisionadas acidentalmente em redes de pesca ou mortas por caçadores. Levadas para o Centro de Reabilitação do Instituto Mamirauá, em Amanã, eles foram medicados, alimentados e lentamente treinados para aprenderem a viver soltos na natureza sem o auxílio da mãe, figura de grande importância para a sobrevivência dessa espécie mesmo depois de atingir a idade adulta.

Depois de libertados no Lago Arati, os animais serão monitorizados pelos investigadores do Instituto Mamirauá através de um equipamento preso às suas caudas. Se um deles evidenciar que não se adaptou convenientemente à vida em liberdade, será novamente resgatado e levado novamente para o Centro de Reabilitação, como ocorreu em 2012 com um dos cinco manatins então libertados.

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Apesar de poderem atingir quatro metros e pesar quase uma tonelada em idade adulta, os Peixes-Boi da Amazónia, cujas fêmeas só dão à luz um filhote por cada gestação de 14 meses, são animais muito frágeis e presas fáceis para predadores e até caçadores. A espécie corre risco de desaparecer também devido ao assoreamento dos rios da Amazónia, que força as fêmeas grávidas a procurarem águas mais profundas, acabando por ter as crias no oceano, onde não existem condições favoráveis à sua sobrevivência.

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