Arcebispo abandona encontro de famílias

Donald Wuerl não estará presente para evitar polémicas depois de ser acusado de proteger padres pedófilos.

20 de agosto de 2018 às 01:30
O cardeal Wuerl é acusado de ignorar abusos sexuais sobre menores e de proteger vários padres pedófilos Foto: EPA
O cardeal Wuerl é acusado de ignorar abusos sexuais sobre menores e de proteger vários padres pedófilos Foto: EPA
O cardeal Wuerl é acusado de ignorar abusos sexuais sobre menores e de proteger vários padres pedófilos Foto: EPA

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O escândalo de pedofilia desvendado esta semana no estado norte-americano da Pensilvânia já está a ter consequências.

O cardeal Donald Wuerl, arcebispo de Washington, não vai participar no Encontro Mundial de Famílias, evento global da Igreja Católica que este ano terá lugar em Dublin, a partir de amanhã.

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Wuerl foi bispo de Pitsburgo, na Pensilvânia, entre 1988 e 2006, e é referido uma dezena de vezes no relatório do grande júri daquele estado norte-americano que detalha abusos sexuais cometidos por mais de 300 padres e bispos, sobre cerca de mil menores de ambos os sexos, ao longo de 70 anos.

"Os padres violavam meninos e meninas de tenra idade e os homens de Deus responsáveis por eles não só não fizeram nada, como esconderam tudo", lê-se numa das passagens do longo relatório.

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Wuerl aprovou transferências de vários padres conhecidos por abusar de menores e não denunciou nenhum caso nem puniu nenhum dos violadores pedófilos.

Na quinta-feira, dois dias após a divulgação do relatório, o Vaticano veio a público "lamentar e manifestar pesar" pelo sucedido.

Contudo, o Papa Francisco, que prometeu agir contra a pedofilia na Igreja, teve uma atitude ambígua que causou revolta em janeiro, na sua visita ao Chile, onde dezenas de padres são também acusados de pedofilia.

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