Auditoria revela que a palavra-passe do sistema de videovigilância do museu do Louvre no dia do ataque era...Louvre

Oito softwares responsáveis por pontos-chaves da segurança do museu "não recebem atualizações há anos", apontam relatórios.

04 de novembro de 2025 às 14:47
Partilhar

As investigações que estão a ser levadas a cabo pelas autoridades após o assalto ao Louvre revelam que a palavra-passe do sistema de videovigilância do museu era "Louvre", adiantou o jornal francês Libération, que refere documentos de uma auditoria feita em 2014 pela Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação. Os relatórios apontam para vários problemas relacionados com a segurança do museu "há pelo menos uma década", nomeadamente programas de software desatualizados.

Oito softwares responsáveis por pontos-chaves da segurança do museu "não recebem atualizações há anos", apontam os documentos citados pelo jornal francês.

Pub

Os documentos revelam ainda que palavra-passe para aceder ao sistema de segurança de supervisão da entrada seria "Thales", o nome da empresa responsável pelo sistema. A empresa referiu ao Libération que não existia contrato de manutenção ativo e que o museu não entrou em contacto para que este fosse renovado, desde 2019. 

Os dados são divulgados num momento em que a ministra da Cultura francesa, Rachida Dati, já veio admitir terem existido "falhas de segurança" no momento do assalto, depois de num primeiro momento ter alegado não terem sido encontrados problemas. 

Nos testes realizados, especialistas em cibersegurança acederam à rede do museu a partir de computadores de fácil acesso no sistema administrativo, o que prova que seria possível comprometer o sistema de manutenção das câmaras de videovigilância. Os técnicos adiantaram ainda ter sido possível "invadir o banco de dados de controlo de acesso" do sistema do edifício, algo que poderia ser realizado até mesmo por alguém alheio aos cargos no museu. 

Pub

Já foram acusados formalmente quatro dos responsáveis pelo assalto onde foram levadas joias no valor de cerca de 88 milhões de euros, ainda não recuperadas. Os primeiros homens a serem detidos, a 25 de outubro, foram acusados de "crime organizado e associação criminosa", segundo o Le Monde. Os outros dois indivíduos foram acusados de "roubo organizado" e "conspiração para cometer roubo organizado", assim como por serem cúmplices no sucedido, de acordo com a procuradora pública de Paris, Laure Beccuau. 

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar