Aumenta pressão para um cessar-fogo no Médio Oriente

Comunidade internacional intensifica esforços para garantir o fim das hostilidades.

18 de maio de 2021 às 08:57
Soldados israelitas bombardeiam Gaza Foto: Getty Images
Bombardeamentos , ataques, Faixa de Gaza, Israel Foto: Haitham Imad / EPA
Israelitas voltam a bombardear Gaza durante madrugada Foto: Reuters

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A comunidade internacional intensificou nas últimas horas a pressão sobre Israel e os grupos extremistas palestinianos para cessarem os ataques de parte a parte, que esta segunda-feira entraram na segunda semana e já fizeram mais de duas centenas de mortos do lado palestiniano. No entanto, nem um lado nem outro dão sinais de recuo naquela que é já a mais grave explosão de violência na região desde 2014.

"Temos estado a trabalhar intensamente através dos canais diplomáticos para acabar com as hostilidades", disse esta segunda-feira o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, apelando aos dois lados para protegerem as vidas dos civis. Já o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, que várias vezes tem servido de mediador entre Israel e o Hamas, mostrou-se confiante de que um cessar-fogo poderá estar próximo graças à "ação coletiva" da comunidade internacional.

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A preocupa- ção internacional aumentou após os violentos bombardeamentos israelitas de domingo contra a Faixa de Gaza, que fizeram mais de 40 mortos, incluindo várias crianças. O último balanço das autoridades palestinianas é de 201 mortos, 58 dos quais menores, e mais de 1300 feridos. Do lado israelita morreram 10 pessoas, incluindo duas crianças, e 309 ficaram feridas.

Os bombardeamentos da última madrugada contra Gaza foram dos mais intensos desde o início do conflito. Israel disse ter atingido 110 alvos, incluindo uma rede de túneis com mais de 15 quilómetros usada pelo Hamas. Foi ainda morto o principal comandante de Jihad Islâmica no norte de Gaza e atacadas as casas de vários dirigentes do Hamas.

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Os grupos palestinianos responderam a estes ataques com o lançamento de pelo menos 60 rockets contra as cidades israelitas de Ashdod, Beersheba e Ashkelon, ferindo três pessoas.

PORMENORES

Netanyahu inflexível

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O PM israelita Benjamin Netanyahu disse domingo à noite que a ofensiva "vai demorar o seu tempo" e o que o objetivo é "fazer o Hamas pagar um preço pesado". Analistas dizem que Israel tenciona prosseguir com a campanha militar "até a pressão internacional se tornar insustentável".

Biden vende armas

O presidente norte-americano Joe Biden autorizou esta segunda-feira a venda de 735 milhões de dólares (600 milhões de euros) em armamento a Israel, incluindo mísseis de precisão, apesar da escalada da tensão na região.

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