Autores do ataque na praia de Bondi lançaram quatro explosivos contra a multidão que não detonaram

A polícia australiana revelou esta segunda-feira que os dois atiradores suspeitos do atentado na praia de Bondi, na Austrália, que causou a morte a 16 pessoas (incluindo um dos agressores), lançaram quatro artefactos explosivos improvisados antes do tiroteio que não chegaram a detonar.

O comunicado policial preliminar refere que os dois suspeitos retiraram do veículo três armas de fogo, três explosivos caseiros e uma bomba "em forma de bola de ténis", de acordo com a ABC News.

Os artefactos não detonaram, mas foram considerados "viáveis" pela polícia, que afirmou ainda ter encontrado um quinto explosivo na bagageira do carro.

Na semana passada, foi emitida uma ordem judicial temporária para impedir a divulgação do relatório policial, a fim de proteger a identidade das vítimas. Essa ordem foi revogada nesta segunda-feira e os documentos foram publicados com algumas partes censuradas.

Quinze pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas no massacre ocorrido durante uma celebração judaica de Hanukkah, em Bondi, no dia 14 de dezembro. 

Um dos suspeitos, Sajid Akram, de 50 anos, que foi morto a tiro pela polícia, possuía seis armas de fogo. O filho, Naveed Akram, de 24 anos, foi acusado de 59 crimes, incluindo homicídio e terrorismo, segundo a polícia.

Os suspeitos planearam o ataque durante vários meses e visitaram o parque junto à praia de Bondi para reconhecimento dois dias antes do ataque, de acordo com um relatório policial divulgado pelo tribunal.

As imagens incluídas no relatório policial mostram ainda o pai e o filho supostamente a treinar com armas de fogo numa área rural isolada de Nova Gales do Sul, na Austrália.

A polícia encontrou também um video gravado em outubro no telemóvel de um dos atiradores, no qual pai e filho aparecem sentados em frente a uma imagem da bandeira do Estado Islâmico a fazer comentários em inglês sobre os motivos do ataque.